Arte 1 estreia primeiro reality sobre fotografia do Brasil
“Arte na Fotografia” será exibido toda sexta-feira às 20h30
Os participantes Camila Kinker, Daniela Ometto, Luan Batista, Rafael Aguiar, Yve Louise e Julio Cesar
No dia 3 de novembro, às 20h30, o Arte 1 estreia “Arte na Fotografia”, o primeiro reality show sobre fotografia no Brasil.
Coprodução do canal Arte1 com a CineGroup, o programa é apresentado pela atriz e cantora Thalma de Freitas e desafia seis jovens fotógrafos amadores a criarem trabalhos autorais.
Ao longo de oito episódios, os participantes competem em provas de diferentes estilos e tema, entre eles, fotojornalismo, moda, dança e esporte. Ao final de cada dia, são avaliados pelos mentores Eder Chiodetto - um dos principais curadores de fotografia do país - e Cláudio Feijó - responsável pela formação de centenas de fotógrafos brasileiros nas últimas décadas.
A apresentadora Thalma de Freitas apresenta o programa ao lado dos jurados Eder Chiodetto e Cláudio Feijó
Especialistas e grandes nomes da fotografia nacional como Gal Oppido, Willian Aguiar, Bob Wolfenson e Zé Takahashi também se unem aos jurados para comentar o trabalho dos competidores.
No primeiro episódio, os fotógrafos enfrentam uma prova de retrato e depois vão a uma indústria têxtil e precisam registrar a relação homem e máquina. Esse segundo desafio é avaliado pelo fotógrafo documental Juan Esteves.
O vencedor da competição vai ganhar um conjunto completo de equipamentos fotográficos.
Arte na Fotografia
Estreia: 3 de novembro, às 20h30
Episódios inéditos às sextas-feiras, às 20h30
Reprises: sábado, às 14h; domingo, às 10h; terça-feira, às 19h30; e sexta-feira às 12h.
Saiba mais sobre o programa nas redes sociais do “Arte na Fotografia” no Facebook e Instagram.
O canal Arte 1 integra a grade de programação das principais TVs a cabo. Sky – 81; Net HD – 553; Claro TV HD – 553; Oi TV – 85; GVT – 84; Vivo TV - cabo 102; satélite 555; fibra 627.
Olha, com essa gurmetização de tudo e tantos realitys sobre os mais variados assuntos, a tempos estive pensando em prq não havia nenhum sobre artes visuais ( que eu saiba ).
Tbm gostei do programa, achei bem interessante e tbm justamente pelo que ja comentaram, sobre como o que é enfatizado é o conteúdo, as ideias, e não se o ruido ta alto, se a nitidez ta estúpida ou coisas menos relevantes.
Inclusive achei uma ótima inspiração para que alguma escola de fotografia ofereça algo parecido como oficina. Menos pela competição e mais pelos exercícios e pela discussão sobre os resultados.
Sinto falta de cursos ou oficinas para fotógrafos amadores que não têm intenção de se profissionalizar, mas apenas procuram por aperfeiçoamento da linguagem e expressão própria.
Acho que escolas de fotgrafia que mudam esse foco irao quebrar… Pq eu tenho a impressao que pessoas que acabam procurando esse curso acabam escolhando justamente os que transmitem ensinar ou colocar seus alunos no “mundo da fotografia profissional”.
Fotografia pela linguagem e espressao propria vc encontra em cursos de artes visuais.
Um dos jurados (se posso dizer assim) deste reality é o Claudio Feijó que ministra um curso “desconstrução do olhar” que eu entendo que vai nesta direçao de quebrar dogmas e buscar a expressão. (eu não fiz porque não tenho grana).
Não acho que a escola deva mudar o foco, uma coisa não exclui a outra. O fato é que curso de técnica fotográfica há muitos, oferecer uma oficina sobre linguagem é algo pouco comum e pode ter procura.
Acho que há muitos amadores, como a própria palavra diz, que amam fotografia mas não têm nenhum interesse em se profissionalizar.
Idealmente uma coisa nao muda a outra, mas na pratica eu nao vejo ser assim.
Eu assisti o primeiro capitulo dessa serie, e vou dizer que nao achei toda essa coisa que estao falando aqui no topico. A intencao eh tem uma abordagem menos tecnicista e mais expressao visual individual, mas sinceramente nesse sentido esta muito superficial e fraco. E pelo o que eu vejo eh pq se aprofundarem de verdade a maioria do publico nao ira se interessar, pq o publico em geral acha enfadonho, chama de papo pseudo intelectual, chama de espiritualidade, fala que eh muita filosofia, e outro nomes que vemos falar aqui no forum mesmo.
Muitas das questoes que ele falou ali, como por exemplo da maquina sendo uma extensao do homem, eh a base do assunto que busquei tratar no topico “O motivo da fotografia ter acabado hoje em dia”. Essa questao da maquina e homem que ele se refere vem de McLuhan tal como eu falei la no topico. Mas nesse reality Show nao ha de fato uma abordagem sobre a questao. Passam o tema para os fotografos de maneira estudidamente superficial, mandam todos fotografar em um mesmo ambiente no mesmo dia, e chamam isso de “dar foto a expressao visual individual de cada fotografo”. E assim eh pq o publico nao quer saber de McLuhan, nao quer saber da comunicacao da fotografia. O publico quer ver os fotografos fotografando e outros descrevendo como os fotografos fotografam.
A maioria do publico interessado em fotografia quer ver pessoas fotografando, ver as pessoas em acao, maquinas na mao, clicks, ver como os outros fazem, ver os outros falarem de como fazem, etc… Tal como nesses cursos de fotografia.
Mas como eu disse, a impressao que tenho eh que a maioria das pessoas que procuram curso de fotografia, estao em busca de aspectos tecnicos e direcao a fotografia comercial.
Pessoas interessadas em linguagem visual/arte, procuram cursos de linguagem visual/arte. Onde passam a maior parte do tempo apenas vendo imagens, estudando teorias, historia, etc e nao veem ninguem fotografando ou mostrando como eh fotografai isso e aquilo. O publico em geral nao quer saber disso que chamam de tudo que eh nome insinuando despreso.
Assistindo a mais alguns episódios do programa cheguei a uma conclusão parecida. Concordo que o programa todo em si parece ser algo superficial, ou difícil de ser entendido, no que diz respeito as ideias propostas/executadas. Pode ser só comigo, pois não sou nenhum entendido de arte e linguagem e tudo mais, não entendo da psicologia das formas e cores e receitas de como transmitir ideias transcendentais, eu apenas faço as minhas fotos baseadas no que considero importante para mim sem pensar profundamente em como ou porque estou fazendo aquilo, ou se me retorcendo pro lado, abrindo mais o diafragma ou mesmo chacoalhando a câmera iria transcender essas ideias. O caso é que ao término de cada programa fica um sentimento de que parece que eles estavam falando de algo que ou eu não tenho capacidade de entender ou ficou realmente mal explicado/editado. A prova disso é que muitos dos ensaios que eu acho os mais interessantes ( ou menos ruins…kkk ) os jurados não curtem, eles preferem coisas que eu não vejo graça nenhuma analisando como ideias transcendentais, espirituais, sei lá.
O fato é que todo esse argumento psicológico fica inexplicado, parece que é algo tão difícil de esclarecer que por fim não é dito.
Quanto a questão de se mostrar alguém fazendo e entender como ou o que a pessoa pensou a coisa toda acho de grande valia. Todos os workshops que fiz sobre criatividade utilizaram-se de ex de algo que foi feito e como foi feito, mas entendo que vc deva estar dizendo que cada um deve fazer o que der na telha sem se preocupar com as consequencias e que isso é arte.
Ainda aquela galera toda no xororô porque é dificil e não sei o que mais…e concordo, pois vcfazer algo interessante em qualquer lugar é muito possível, mas ficar preso a uma ideia-tema ai o buraco é mais embaixo, embora com certeza ali no caso ninguém é obrigado a produzir imagens belíssimas, mas sim trasmitir uma mensagem.
O programa instruiu os fotografos a apenas transmitir uma mensagem/narrativa (que a principio seria sobre um tema). Um fotografo foi escolhido como vencedor por que criou uma narrativa politica cliche, do “trabalhador por tras da industria da moda”, mas que nao tinha la muita relacao com o tema da maquina como extensao do homem. Entao alem de falhar no tema tambem falhou na expresao individual/pessoal, reproduzindo cliches, meras copias de fotografos e temas politicos ja batidos nao demonstrando nada de pessoal nas fotos.
Outro escolhido como vencedor foi um cara que nao fazia a menor ideia sobre como abordar o tema e criou uma historia de fazer a associacao do trabalhador como no dia a dia (olhando a geladeira, fazendo compras, etc). Se ele foi escolhido pq fez assiociacao com o maquinario da fabrica aos utencilios do dia a dia como geladeira, isso nao ficou muito claro.
O que ficou claro eh que os jurados escolheram baseado apenas no fato deles gostarem do “sub-tema” (critica politica, referencias em outros fotografos ou imagens famosas e comportamento dos trabalhadores como no dia a dia).
Se o objetivo era apenas “criar uma frase” (como eles descreveram), mandar eles fotografar em uma fabrica e fotografar um tema foi totalmente inutil.
Na minha opiniao, as fotos com a melhor narrativa (“frase”) baseado no tema em si, e ao mesmo tempo mostrando uma expressao pessoal/individual de fato, foram as fotos da mulher que fotografou os espacos da fabrica sem nenhum trabalhador, mas apenas com rastros ou vestigios humanos, o que bate com a questao tratada atualmente sobre a automacao, o que eh uma das principais questoes sobre as maquinas como extensao do homem. Sem querer ou nao, ela realmente criou uma narrativa sobre a questao do elemento humano sendo expelido pelas maquinas no meio de producao.
Em geral todos estavam perdidos no tema e sem saber a principio como abordar o tema, o que eu achei uma grande falha do programa. Como vc vai expressar algo pessoal sobre um tema que nao tem base para expressar algo?
Eu nao quis dizer e nem acho que fazer qualquer coisa na telha sem se preocupar com consequencias eh arte. (No entato, eu tambem considero o apego a questoes e padroes tecnicos como um obistaculo a a expresao artistica em si). O “espontaneio” nao eh baseado em nada mas sim nas experiencias cognitivas, na confianca da propria impressao cognitiva do momento, eis a diferenca de um dedenho de uma crianca de 5 anos e de um artista que desenha igual uma crianca de 5 anos.
Eu tambem nao quis negar o valor do aprendizado de ver como alguns profissionais trabalham.
A minha observacao foi o foco somente nesse aspecto que as pessoas costumam ter, que tem relacao com o interesse tecnico das ferramentas que as a maioria dos fotografos sao mais apegados. O resultado eh que acabam querendo ver a tecnicidade na pratica. Nada contra isso, mas pelo o que vejo, o que fugir disso passara a ser desinteressante para a maioria dos fotografos. Motivo da maioria dos fotografos buscarem cursos tecnicos de fotografia ao inves de cursos de artes visuais.
Mas quando se fala em empressao pessoal, conceitual ou autoral, esse aspecto do click eh o menor e o ultimo da questao a ser mostrada. Esse programa seria realmente diferenciado dos demais reality shows se desse tempo e espasso para que os participantes pesquisassem sobre o tema/conceito (origens, influencias, tendencias, interpretacoes, etc). Depois que dessem espaco para que cada participante criassem seu painel de inspiracao e “story board” (nao sei como eh chamado em portugues). Mostrando o processo de cada nesse processo de desenvolvimento de compreencao do tema, da criacao de ideias, inspiracoes e influencias pessoais, e so depois mostrassem cada um executando e resultados.