Venho propor uma discussão que talvez já tenha sido feita neste fórum por mais de uma pessoa e várias vezes, mas sempre é bom debater e como iniciante, acredito que muitos de vocês no meu momento já se perguntaram sobre isso ou ainda se perguntam então vamos lá:
É necessário seguir todas as regras da fotografia (ou quase) para ter uma fotografia que arranque suspiros e vença prêmios (só uma forma de expressar) ou as regras podem ser quebradas em nome de uma bela fotografia?
Uma vez submeti uma fotografia e me disseram que eu havia estourado o céu, que a fotografia não era boa por isso… E umas duas semanas após me deparo com esta bela imagem:
cfcsosa… essa não é uma boa foto. :no:
É média, na melhor das hipóteses.
Eu não sou profissional, então minha impressão é do que vejo e sinto ao ver a imagem.
Vejamos: temos um horizonte bem torto, tudo BRANCO, MUITOS elementos sem nada muito interessante, a modelo teve os pés DECEPADOS e tá com a mão toda torta (parece que quebrou o minguinho, coitada). A única coisa que agrada é esse sorrisinho despretensioso e meio debochado dela.
Mas essa é só a MINHA opinião… que venham os contrapontos :snack:
Onde estão os pés da moça? Existem “regras” para fazer cortes de membros de forma que a foto fique agradável. Em retrato e moda isso é fundamental para, por exemplo, não parecer que o modelo realmente não tem parte de um membro.
acho que avaliar se a foto ficou boa ou ruim depende do propósito dela… domínio da técnica e decidir qnd usar ou não as regras só ajuda em alcançar o resultado esperado e repetir esse resultado sempre que necessário … se a foto for um registro de férias, passeio… está ótima, mesmo com corte nos pés, horizonte torto, etc… se a proposta fosse capa de revista de moda ou turismo eu diria que está um lixo…
Claro que ficou. Essa moça antes de sair escolheu o chapéu que iria utilizar, a blusa, o short e o “sapato”. Conserva uma perna bem alinhada e bonita e tenho certeza que o mesmo acontece com os pés. E convenhamos, só as “provocações” da Vogue (a revista faz uns cortes totalmente fora no habitual) pra ter um “propósito” pra cortar os pés das pessoas. Agora nós, mortais, tentem vender uma foto com um corte desse para uma agência, risada na cara do sujeito.
Céu estourado, objeto desinteressante e cortado, pedaço de cerca feio na esquerda, sem contexto, enquadramento ruim, muito espaço de céu (totalmente branco) acima.
Visitei o site e vi que o fotógrafo possui vários fotos boas, essas daí que vc postou são as mais fracas dele. Gostei do jeito que ele captura as pessoas em seu estilo de vida, mas não gostei que ele frequentemente estoura o céu e faz cortes em pés e mãos.
Mas voltando ao assunto: Um problema de fotógrafos (especialmente os iniciantes) é igual o “amor de mãe” com filho feio, sua foto (ou filho) pode ser feia o quanto for, mas aos seus olhos é linda.
Música também é assim. Por exemplo, não sei tocar piano, mas se me colocarem pra tocar, vai sair som, que pra mim pode até ser agradável, mas por não seguir as regras de uma música bem feita (harmonia, ritmo, etc) vai ser uma péssima música. Como disseram lá em cima, primeiro aprenda as regras para depois tentar quebrá-las.
O corte no pé, e o horizonte torto, o estouro foram planejados?
Se sim, a foto está ótima dentro de um contexto que só vc pode explicar e sentir.
Se não foi planejado sua fotografia não está boa…e apenas uma boa foto não faz um fotografo.
Antes de aprender fotografia eu não entendia o que era o premio de melhor fotografia no Oscar (filmes).
Agora eu não consigo assistir um filme ou seriado sem ver fotografia nas cenas, é até chato, pq fico pensando em distancia focal, distancia para objeto… lentes, desfoque, ângulos, distorção.
Se você observar as demais fotos deste mesmo fotógrafo, perceberá que se trata de um estilo do próprio, então, sim, acho que foi proposital… É daí que vem a minha pergunta: Será que em um motivo artístico é tão errado assim cortar um pé ou estourar um céu? Vejo o tempo todo fotos de pessoas aqui do fórum em P&B quando foram tiradas coloridas e depois retocadas até não querer mais no Lightroom… Será que isso é melhor que o cara assumir sua foto estourada em nome de um estilo artístico próprio?
Vou dar o meu pitaco: se gostou da foto e os pontos citados acima não te incomodaram, OK, é pessoal e não há nada de errado.
As regras de composição não são uma receita para criar imagens perfeitas… são apenas um direcionamento para tornar uma composição mais agradável, direcionar o olhar para pontos de interesse, etc…
Eu hoje humildemente sigo as regras e tento aprender cada vez mais… sinceramente acho que para “quebrar” as regras de forma consciente é necessário ao menos conhecê-las…
Abraços e boas fotos…
PS: Para o meu gosto a foto exemplo acima está bem ruim !! Talvez chame a atenção a modelo arrumada, os imponentes barcos ao fundo, etc… mas com uma exposição adequada do céu e iluminação da modelo - acredito que o resultado seria bem melhor, mas gosto é gosto!!
Há algum tempo li uma matéria sobre fotografia, quando se abordava a regra dos terços como elemento de discussão. Minha surpresa foi ver que no Japão, como eles lêem da direita para a esquerda, a regra dos terços é obedecida porém levando em consideração que os olhos deles tendem a olhar a imagem também da direita para a esquerda, e neste caso quando a regra dos terços é obedecida, eles o fazem inconscientemente “entrando” na imagem pela direita.
Como muitos já disseram, tudo vai depender do seu objetivo.
Coisas como o que vc quer mostrar, que mensagem quer transmitir, o que ou como enfatizar. Isso é linguagem fotográfica. A pessoa que fica “cricando” com detalhes de regras estabelecidas como imagens escuras, claras, tortas, contrastadas ou de cores fortes esta totalmente bitolada na técnica ( e só em teoria ).
É preciso entender a necessidade de cada estilo de imagem em detrimento de sua intenção, mas claro, não podemos confundir um foto errada com uma foto com estilo.
Como exemplo vou tomar a liberdade do citar um membro aqui do Forum, a Priscila, que tem suas fotos abstratas, as vezes granulada, difusa, mas com um estilo e conteudo que não deixa dúvidas de sua intenção e técnica.
Não é a toa que existem muitas fotos erradas ( pelas regras ) mas que ganham premios, justamente prq a mensagem foi transmitida e o mais importante: a foto tem conteudo.
Agora tem um outro detalhe muito importante nessa história toda: Vc se preocupa em fazer uma foto incrível pra vc ou para os outros?
Ansel Adams já dizia: “- Não se deixe levar por nada a não ser suas próprias convicções!”
Regras sao ponto de partidas, usadas como orientacao para tomar uma direcao, inspiracao ou aprendizado. Esse eh o nome correto “ponto de partida” e nao regras.
Como estabelecer regras fixas para algo dinamico como “a qualidade de uma imagem”? Existem questoes individuais, subjetivas, momentaneas, historicas, publico, proposito, influencias, motivacao, inspiracao, entre inumeas outras coisas que tornam essa lista muito longa e que imposibilita que possa haver qualquer regra.
Nao existe boa imagem em absoluto. Uma umagem pode sempre ser vista por um lado ruim se a pessoa quiser buscar um aspecto ruim sobre ela. Nao importa o quanto tecnicamente ela impressione ou historica seja. Enquanto uma imagem que em geral seria vista como lixo, pode ser vista como obra de genio se colocada em um contexto que a favoreca.
Eu estudei arte em inumeros aspectos e nunca aprendi “regras”.
Enquanto em algumas comunidades as pessoas dizem admirar minhas fotos de rua, em outras comunidades, inclusive dedicadas a fotografia de ruas, muitos julgam que eu nao posso participar com minhas fotos por julgarem que elas nao sao fotografia de rua, pq em maioria nao eh feita com grande angular. E de acordo com as “regras” foto de rua dificilmente eh boa quando nao feita com grande angular, e por isso nao consideram fotos de rua. E pregando essas regras como entendedores profundos do assunto “fotografia de rua”, e ate entrando em conflito verbal quam as questionam, ainda tem legiao de pessoas que nao ve o quanto a profecia de regras eh patetica e seguem cegamente tal divindade.
Parecendo fanaticos religiosos tentando dar prova da propria fe e conhecimento sobre vida espirutual, quando mal sabem diferenciar vida espiritual da louvacao de uma dinvindade.
