Acabei de comprar no Mercado Livre uma RICOH 500G, fabricada em 1972.
Há tempos vinha pesquisando uma câmera que fosse razoavelmente boa de ótica, pequena, manual e barata, pois gosto de fotgrafar quando passeio de bicicleta na orla do Rio, e não quero levar nada grande nem de valor.
Para esse tipo de coisa, a câmera de filme é melhor, pois para se ter resolução equivalente a ele em uma câmera digital pequena fica caro a bessa. É quase uma cãmera descartável, só que não é descartável.
A câmera é bem legal, tem telêmetro para o foco, lente de 40mm f2.8, controles manuais ou prioridade na velocidade. É pequenininha e usa filtros 46mm (preciso arrumar um para fotografar na orla). Paguei relativamente barato, R$130,00 contando o frete.
Vou comprar um estoque de ProImage, filme que gosto, e sair por aí…
Produced 1972 Taiwan Ricoh Co., Ltd (mfg. subsidary of Ricoh Co., Ltd., Japan)
Film type 135 (35mm)
Picture size 24mm x 36mm
Weight 14.8oz (420g)
Lens Ricoh Rikenon 40mm 1:2.8-16
Filter size 46mm
Focal range .9m to infinity
Shutter mechanical shutter
Shutter speeds 1/8-1/500
ASA 25-800
Viewfinder coupled rangefinder
Exposure meter lens mounted CdS with viewfinder needle (aperture)
Battery originally 1.3v PX675 mercury
Hotshoe and PC Sync (syncs at any speed but 1/125-1/500 recommended)
Self-timer
Fast-action wind lever
E é pequena, levemente grande angular, e noa sites que pesquisei dizem ter uma ótica legal. É claro que não é uma ótica finíssima, mas ficarei melhor servido do que com uma digital pequena. E por 130 reais, o que é muito pouco.
Tinha pensado em comprar uma Minox 35EL, que é espetacular e mínima, mas custa bem mais. No futuro, se a coisa realmente se mostrar legal, aí compro. Uma minox 35 faz foto de gente grande mesmo, apesar de seu aspecto de brinquedo.
Compra-se rangefinders baratas e ótimas no ebay também. Uma excelente compra, que me tenta também, é a Yashica Electron. É excelente câmera com ótica boa prá caramba, meio lendária.
Estou chegando à conclusão que é preciso umas quatro câmeras para perfazer todas as utilidades que desejamos, com características levemente diferentes.
Você que é curioso e que tem coragem para experimentar suas próprias opções, um dia em que estiver de bobeira compre uma rangefinder boa e barata como está cheio por aí. Por um dinheirinho pequeno consegue-se câmeras excelentes, com óticas excelentes. A Yashica Electron, a Canonet, a Minox 35 (essa é uma cachaça, sou louco para ter uma), a Rollei 35 (lentes Tessar excelentes! Há uns três meses me ofereceram uma por 400 reais, e morri de pena porque estava comprando na ocasião a Kiev e a Fuji, e não dava para comprá-la também, mas é o que há). Para ter óticas da mesma qualidade em câmeras, digamos, “serias”, é preciso gastar um dinheirão.
Ivan
PS: sem falar nas Kiev, excepcionais e baratas, nas Zorki e nas FED, ou nas Voigtlanders novas.
A Yashica Electron é muito bem falada. Uma das mais bem faladas rangefinders fora do eixo Leica-Contax-NiKon.
Há componentes no kit que para mim são discutíveis, pois ela tem, por exemplo, fotômetro incorporado, e não sei para que outro. Por outro lado não conheço essas lentes auxiliares (imagino que sejam de sobrepor) para grande angular e tele.
Uma coisa legal das Yashicas dessa época é terem oorreção de paralaxe. Eu tenho aqui em casa uma Yashica Minister D que qualquer hora vou mandar limpar a lente, que tem correção de paralaxe e isso é excelente, pois permite compor com precisão.
Minha opinião? Bem, se nunca usou uma rangefinder e tem curiosidade, procure uma sem tantas coisas, ou só uma Electron, ou outra semelhante (uma Kiev igual à minha com Jupiter 8 que é uma lente excelente custa pouquíssimo, mas não tem correção de paralaxe). Por pouco dinheiro você saberá se gosta ou não gosta do jeito de fotografar com elas. Ter uma lente fixa, não variável, nãó é coisa tão grave assim -risos. Durante 34 dos meus 36 anos de fotografia só usei 50mm, e o Cartier Bresson o tempo todo só usou 35mm. Na verdade você termina conhecendo profundamente a composição daquele comprimento focal. Tenho um amigo internético, ótimo fotógrafo que foi quem me “apresentou” as rangefinders (eu já conhecia do passado, pois meu pai quando eu era criança teve uma Voigtlander) e me sugeriu a Kiev, e um dia desses ele estava me dizendo exatamente isso, que quando saia para fotografar com uma lente de comprimento fical fixo conseguia melhores fotos, pois o esforço de composição era maior.
Quanto ao fotômetro, há algumas opções: Use sua digital como fotômetro -risos- colocando-a em modo manual e fazendo a fotometria e depois transpondo/compensando para a Yashica (fiz isso usando cromo na Kiev, pois para cromo é preciso fotômetro pontual) ou use a tabela de exposição para sol, nublado, sombra, etc, compensando a sentimento.
Vou ver se encontro essa tabela e posto aqui.
Dá perfeitamente para fotografar sem fotômetro em filme negativo colorido, pois o fime negativo suporta alguns enrros de fotometria que a digital não suportaria.
Sugestão: verifique se a lente está limpa (ponha em B, diafragma bem aberto e clique segurando o botão -com a câmera aberta, naturalmente- aí você olha através da lente e verifica se há fungos que aparecem como uma espécie de fibras compridas) e ponha um filme nela e experimente.
É que como fotografo há muito tempo sei que se fotografa direito com “qualquer coisa” -risos. Desde que tenha uma lente decente, o resto é perfumaria, é coisa que podemos contornar.
Ivan, vc me animou e acabei comprando a KONICA S2, vai ser minha primeira experiencia com uma camera assim. Qual o modelo de filme colorido e P&B vc usa. Tomara que esteje fucionado direito.
Não uso PB atualmente. Já usei no passado, mas hoje em dia é caro revelar. Se quiser usar, use o clássico Tri-X da Kodak. Tem outros como o Ilford, mas o Tri-X é mais fácil de encontrar.
Geralmente fotografo usando o Kodak ProImage 100. É o filme que mais gosto, pois como ele é feito para responder bem com flash na luz natural ele é meio amarelado, de um amarelado muito bonito. Minha tendência é usá-lo quase com exlusividade, mas isso é de cada um, pois há quem goste de mais verde (nesse caso deve usar os Fuji), há quem goste de cores mais secas, etc. O ProImagem tem outra vantegem de ser barato. Se comprado num conjunto de 5 em caixa fechada para 5, sai por 5 reais cada.
Outro dia usei o Superia. Fuji. Gostei de algumas fotos, de outras nem tanto. Como gosto muito de fotos em interior, o filme com força nos tons frios fica mortiço, e por isso prefiro o com tons quentes. Dizem que o Fuji bom é o Reala, mas conheço um fotógrafo com boa produção que só usa o Superia 100 (como só fotografa com polarizador, produz fotos bastante saturadas).
Experimente e compare. Você certamente terá sua própria opinião que será coerente com seu jeito de fazer.
Me passa um link para eu conhecer sua “nova” cãmera -risos.
Parabéns. Vai gostar. É divertido e desafiador.
Ivan
Em tempo: acabei de ver a cãmera. Muito legal. Falam bem das lentes Hexagon! Depois me conte o que achou.
Estou lendo sobre ela, e todos dizem que a lente é muito nítida. Dizem também que uma das oisas que podem não funcionar é o fotômetro, mas que ela funciona mesmo sem ele (pelo preço que você pagou, tudo é lucro…)
Ivan que lindas fotos. Eu estava olhando esse problema com o fotometro mais isso se deve pelo uso de bateria com especificacoes errada. Mas valeu pelo toque.
