Campanha contra estupro

De uma vez por todas: a culpa não é da roupa, a culpa é do estuprador! Simples assim.

:ok:

Estão divulgando mais dados sobre a tal pesquisa:

Características da população entrevistada (3810 pessoas)
A) Residentes no Sul ou Sudeste (sse): 56,7%
B) Residentes em áreas metropolitanas (metro): 29,1%
C) Pessoas jovens, 16 a 29 anos (jovem): 28,5%
D) Pessoas adultas, 30 a 59 anos: 52,4%
E) Pessoas idosas, 60 ou mais anos (idoso): 19,1%
F) Mulheres (fem): 66,5%
G) Brancos (branco): 38,7%
H) Católicos (cato): 65,7%
I) Evangélicos (evan): 24,7%
J) Demais religiões, ateus e sem religião: 9,6%
K) Menos que o ensino fundamental: 41,5%
L) Ensino fundamental (edufunda): 22,3%
M) Ensino médio (edumedia): 30,8%
N) Ensino superior (edusuper): 5,4%
O) Renda domiciliar per capita média: R$ 531,26

http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/2014/03/29/estupro-machismo-culpa-levante-a-plaquinha-eu-nao-mereco-ser-enganada-pelo-ipea-e-mais-maioria-defende-pena-de-morte-ou-prisao-perpetua-a-estupradores/

90% católicos ou evangélicos, renda média de 500 reais, baixo nível educacional. Mistura explosiva essa, heim.

Não vejo relação entre a religião e o tema do tópico :ponder:

Baixa renda e baixo nível educacional, tudo bem… agora relacionar isso com religião ? :wink:

Mas independente disso, a pesquisa induz a falsa realidade de que o brasileiro é a favor do estupro, quando não é na verdade.

Entao como deveria ser feita essa pesquisa?

A usp tinha acabado de fazer uma onde 83 por cento dos brasileiros era totalmente contra o estupro e pedia pena de morte aos estupradores. Esta pesquisa induziu as pessoas ao erro.

A pergunta teve duplo sentido e a resposta possibilita dupla interpretação.

A religião preconiza a aceitação de verdades pré-estabelecidas e desestimula o questionamento e o pensamento crítico.
Assim sendo, torna as pessoas mais suscetíveis à manipulação e menos propensas a eliminar valores antiquados e preconceitos arraigados.

Além disso tem toda a questão do moralismo, tratamento diferenciado a homens e mulheres, intolerância às diferenças, etc, etc, etc…

*Respondo porque me foi perguntado, mas não gostaria de poluir o tópico com assunto paralelo, portanto não vou continuar esta discussão aqui.

Não entendo nada de pesquisa e muito menos de português. Mas uma pesquisa com uma pergunta que tem a palavra “pouca” ou “muita” para mim já não vale nada. São palavras que para cada um significa uma coisa diferente, então não tem valor de conjunto. O que realmente me chocou foi ler que alguém pode achar que uma mulher merece ser estuprada. Pensei ter lido errado, mas não.

Como foi dito, a culpa é do estuprador, é ele que realmente tem o poder de decidir se vai ou não estuprar.

Essa revista Veja é escrita por ignorantes para a leitura de outros ignorantes. Uma revista totalmente parcial e tão burra a ponto de achar que a complexidade da sociedade brasileira se resume a questões partidárias.

As duas pesquisas, essa do IPEA e a da USP, não se anulam. Aliás, elas são diferentes mas querem dizer a mesma coisa: a sociedade brasileira é bastante violenta e punitiva. No caso da pesquisa do IPEA, a maioria acha que a mulher que mostra as curvas deve ser atacada, punida. E na pesquisa da USP, a maioria da população é a favor de punições duras e anticonstituicionais contra os estupradores. A pesquisa do IPEA não mostra, em nenhum momento, que a maioria da população é a favor do estupro. Ela mostra que a mulher que se “mostra” demais (lembrando que não se trata apenas de corpo mas também de atitude) deve ser punida até mesmo com o estupro. A pesquisa não mostra que a maioria da população pensa que todas as mulheres merecem ser estupradas, mas apenas algumas, aquelas que não se enquadram no modelo adequado para a sociedade. A partir daí, as pessoas distorcem as coisas da maneira como bem entendem. A tal revista tambem questionou a palavra “atacada”. Se a palavra fosse estuprada, o resultado poderia ter sido outro, mas os pesquisadores não fizeram isso com o intuito de burlar a pesquisa. Trata-se apenas de uma tática de pesquisa. É uma estratégia sutil para mostrar o quanto a nossa sociedade é moralista e violenta, mesmo não sabendo disso. Foi a mesma tática aplicada na pesquisa sobre a violência contra as mulheres. Nessa outra, muita gente questionou a contradição dos resultados, como se eles não pudessem ser contraditórios. Enfim, esse tipo de pesquisa deve ser lida nas entrelinhas. Elas não servem para impor verdades absolutas, mas para chamar atenção da sociedade para determinadas questões sociais importantes. É uma espécie de alerta.

A maioria da população se diz religiosa. Então seria um contrasenso se a pesquisa selecionasse os ateus.

p.s. Não acredito que eles tenham selecionados os religiosos. É apenas o censo da pesquisa.

Os pesquisadores fizeram a pesquisa para ignorantes acreditarem nela.

Qualquer um que pensar um pouco conclui que foi feita da forma errada ou com outros motivos.

Conhecemos muito bem o IPEA e suas figurinhas.

Só pra retificar, os resultados não foram contraditórios. As repostas às perguntas é que se mostraram contraditórias. Isso só aponta para a importância da sutileza e da inteligência quando se elabora uma pesquisa. Quando se quer medir, por exemplo, o grau de violência da população, uma pesquisa inteligente não vai fazer a pergunta “voce se considera uma pessoa violenta?”, mas o questionamento será mais do tipo “se alguem te xingar na rua, voce é capaz de responder com violência?”

Esse é o tipo de argumento dessa revistinha aí que você assina. :wink:

Nem leio essa revista.

Opinião pessoal irrelevante, retirada.

Mas tudo bem. A pesquisa é boa então. Retiro o que disse.

Só pra deixar claro, eu não estou dizendo que essa politicagem que essa revistinha aí abordou não seja possivel. É até mesmo provável, mas isso não é restrito ao PT e também não invalida, de forma alguma, os resultados das pesquisas.