Fujifilm Manager Toshihisa Iida: “...We Open X Mount to Third Parties..."


Fujifilm Manager Toshihisa Iida: “…We Open X Mount to Third Parties…"

[i]Fujifilm manager Toshihisa Iida gave an interview to DPReview /i.

É uma entrevista longa e foram passadas informações importantes sobre os próximos desenvolvimentos das linhas “X” e “GFX”. Também fala do impacto da COVID-19 na economia e como a empresa está enfrentando a crise:

"…[i]Fujifilm is very diversified. Our medical and healthcare business is the biggest part of our company. The drug Avigan [currently being investigated for use in treating COVID-19] was developed by Fujifilm’s pharmaceutical division. This current moment is certainly difficult for the imaging part of our business, but I think we are in a good position to weather the present situation.

It’s important when talking about business not to forget about people’s health. Of course it’s important when talking about business not to forget about people’s health and safety. We may not be able to predict when this crisis will be over, or when things will return to normal. But eventually we will get through this together, and hopefully demand for our products will come back strong.

For now, our R&D plan is unchanged. We’ll launch the X-T4 at the end of April and move on to the next project. We’ll keep on focusing on making better projects, and developing better technology[/i]…".

Entretanto, o cancelamento dos Jogos Olímpicos deste ano atingiu fortemente a empresa:

“…It will have a huge impact on the entire Japanese economy. Many people were invested in the games happening this year, so it is a big loss. On the imaging side, obviously the broadcasting and TV coverage is all canceled, and that has impacted our broadcasting business. Broadcasting lenses are one of our key products, and we’ve seen a lot of orders being postponed or canceled
…”.

A Fuji é, há décadas, um dos principais players no mercado de lentes para broadcasting.

Voltando ao mercado fotográfico, as notícias mais importantes (com efeitos no médio e longo prazos) foram:

[i]“…The X-H line will continue to be developed, and the ‘concept’ of future products will be distinct from the X-T series…”

“…opening the X-mount up to third-party lens manufacturers…” (“…Kenko Tokina actually already announced three lenses for X-mount, with autofocus. Many customers want more lenses, and we want to satisfy that need…”)[/I]

A X-T3 continuará a ser produzida e vendida juntamente com a X-T4.
E, quanto ao sistema GFX, as prioridades são o lançamento da GF 80mm F1.7 e o aperfeiçoamento dos sistemas de autofoco da linha.

Boa Leitura :ok:

:clap: :clap: :clap:

Depois da 56mm f/1.4, aguardo aquelas teles fixas de 200, 300 e 400mm…

:clap: eles irao irao fabricar lentes mais competitivas.

Agora fizeram pressao forte na concorrencia.

Devido à pandemia da COVID-19 é esperado que os principais mercados (EUA, Europa e Ásia-Pacífico) entrem em recessão e permaneçam assim por vários meses (ou anos, em alguns lugares). Isto, somado ao “assalto” dos smartphones (que evoluiram com muita rapidez, mas que também sentirão a crise financeira - pelo menos os modelos mais caros) poderá reduzir ainda mais o espaço para sistemas fotográficos (e de vídeo) dedicados (Os foristas que moram fora do Brasil estarão mais capacitados a falar dos mercados nos países em que vivem).

Neste cenário, a decisão da Fuji de “abrir” as especificações e protocolos do X-Mount foi acertada - na verdade, o mercado já vinha requisitando isto há tempos. Com a entrada de outros fabricantes haverá um aumento de opções - algumas delas poderão ser de qualidade realmente muito boa - e tal aumento de ofertas proporcionará uma capilaridade no mercado que o X-Mount nunca teve (mas que merecia ter).

Em outros posts já havia escrito que se a Fuji pretende manter o X-Mount relevante na fotografia (pois em vídeo, já se tornou uma opção válida há algum tempo), a empresa deveria investir nas teleobjetivas, tanto nas fixas, quanto nas zoom. É o que parece que irá ocorrer, se considerarmos todos os rumores publicados até o momento como verdadeiros.

A decisão de ampliar a oferta das objetivas da família “XC” também ajudará a aumentar a capilaridade do sistema, principalmente se as novas objetivas apresentarem uma qualidade óptica similar às da família “XF”.

Em relação ao G-Mount (GFX), a aceitação da GFX100 em mercados especializados como o da fotografia aérea não me surpreende. Trata-se de um mercado estratégico (no sentido de definir políticas públicas e de defesa) que tem demanda constante no mundo inteiro, tanto por empresas especializadas quanto por organizações estatais, sem falar nas aplicações militares. O “Calcanhar de Aquiles” do sistema GFX é constituído por 3 fatores, na minha humilde opinião: b[/b] a ausência de algumas objetivas mais especializadas (mas que possuem demanda certa), b[/b] a ausência de outros fabricantes de sensores ente 50 e 150Mp com foco automático por detecção de fase e b[/b] ainda custam muito caro para a maioria dos fotógrafos (embora hoje custem menos de 1/3 dos similares da Hasselblad e da Phase One, incluindo ai as objetivas). Ainda assim penso que o sistema GFX será cada vez mais relevante no lineup da Fuji, complementando a linha X em muitas aplicações e reinando sozinho em outras, mais típicas do médio formato. O sistema GFX será o “Full Frame” da Fuji como a própria empresa afirmou em mais de uma ocasião. A COVID-19 irá atrasar a expansão e desenvolvimento do sistema mas não irá para-los. É questão de tempo… :snack:

No passado, a Pentax abriu o mount K para qq fabricante que quisesse inclusive usa-lo como baioneta em sua própria câmera… por ex, a Zenit chegou a fazer alguns modelos com o mount K. Mas isso tudo não deu muito certo.

Isto foi na era do filme e a Zenit não foi a única. A lista de fabricantes que usaram o K-mount pode ser vista aqui: Pentax K-mount - Wikipedia

Também foram fabricadas objetivas para o K-mount por outras empresas (e não foram poucas - também são apresentadas na referência que coloquei acima).

Porém, a maioria das empresas que disponibilizou câmeras com o K-mount não sobreviveu à era digital. Algumas fecharam, outras foram absorvidas. A própria Pentax, uma marca com um passado brilhante na era do filme, hoje é uma empresa de pouca expressão no digital, apesar dos bons produtos que ainda disponibiliza no mercado.

Entendo que o precedente que deve ser usado como comparação é o E-mount, da Sony. Em 2011 a Sony “abriu” as especificações do E-Mount para aqueles que se dispusessem a fabricar objetivas para as câmeras da marca, mediante assinaturas de contratos de “não-divulgação” para terceiros (non-disclosure agreements - NDA), o que possibilitou que empresas como a Sigma, por exemplo, pudessem fabricar objetivas para o E-mount sem pagar royalties a Sony.

Não sei quais os termos que a Fuji estabeleceu em seus contratos mas o precedente da Sony funcionou (e funciona) bem! O mercado foi beneficiado pelo aumento de ofertas de objetivas e, arrisco-me a dizer que foi este o fator que ajudou a catapultar o E-mount para a liderança de mercado, junto com o EF-mount da Canon.

E, neste caso concreto, diferentemente da Pentax (até onde me lembro) a Fuji apenas atendeu a uma demanda que já existe há tempos; são outras empresas que querem fabricar objetivas para usar na linha X. Acredito que a Fuji só abriu agora as especificações do X-mount pelo fato de seus dirigentes já terem uma boa ideia do tamanho da recessão que está vindo ai. Aumentando a capilaridade do X-mount, poderá ajudar a garantir a existência do mesmo a longo prazo, ainda que em um mercado menor (e em crise).

Mais objetivas disponíveis nos mercados poderá garantir uma demanda para corpos de câmera. E, objetivas, possuem um tempo de vida (comercialmente falando) bem maior do que corpos de câmera. Talvez estejamos falando de um “efeito Tostines”. Afinal, não foi o que aconteceu também com a Sony, mesmo com ela própria ter aumentado a oferta de objetivas (com algumas realmente de excelente qualidade)?

Há ainda um outro fator - Não devemos esquecer que o mercado de vídeo tem a sua própria demanda para objetivas “dedicadas”. Ao abrir as especificações do X-mount - que está tendo boa aceitação entre os produtores de vídeo - a Fuji não precisará preencher todas as lacunas do mercado, podendo dedicar seus esforços (e recursos) às demandas que a empresa considera como “estratégicas”. Ganham todos, especialmente os mercados que passarão a ter opções para todos os gostos (e bolsos) :ok:

Claro que isto é apenas a minha opinião, a qual vem da minha interpretação do mercado… :snack:

Se sair a 500mm 5.6 tendo nitidez igual ou melhor que a Nikon 500 5.6, custando 2.000 US ou menos vai ser o melhor custo benefício para vida selvagem dentre todas as marcas.

A Fuji tomou a decisão correta. Eles sempre partiram do pressuposto de que iriam lançar poucos modelos de lente para cada aplicação mas sempre com ótima qualidade. Hoje eles tem um excelente line-up.

Se empresas como a Tamron, fizerem o mesmo trabalho que fizeram com a Sony lançando zooms 2.8 de ótimo custo benefício e mais 2 ou 3 primes 1.8 custando 30% menos que a Fuji, tornará uma relação ganha-ganha para todo mundo.

Ganha a Tamron com mais vendas, ganha a Fuji por ter mais opções para alancar a venda de máquinas e acessórios no mount X e ganha o consumidor por mais opções.