Nas discussões sobre o uso de câmeras mirrorless pra casamentos volta e meia me deparo com essa questão da luz auxiliar de foco que os flashes emitem (aquela grade vermelha piscante). Pra quem trabalha com casamentos e festas, que muitas vezes acontecem em locais absurdamente escuros, essa luz auxiliar de foco é absurdamente útil. Ajuda demais no foco e, por ter uma duração de décimos de segundo, não chama a atenção, não incomoda os fotografados e quase não atrapalha o pessoal do vídeo
Mas aparentemente as câmeras mirrorless não são capazes de detectar essa luz auxiliar, por uma série de razões técnicas, e aí são obrigadas a “apelar” pra luzinha laranja da câmera, ou então pra luz auxiliar de flashes chineses, que ficam acesos durante um tempo bem maior, chamando mais atenção, incomodando mais os fotografados e atrapalhando mais o vídeo:
Em teoria, as câmeras mirrorless no geral são capazes de focar em cenas mais escuras que as DSLR, mas até que ponto conseguem se virar bem nessas situações? Do que eu li das pessoas que usam Canon R e RP, elas se viram bem sem essa luz auxiliar, mas não sei o quão escuro foram as situações.
Alguém que trabalhe com mirrorless em casamentos de noite pode relatar sua experiência?
Estou também muito interessado nesse assunto. Um amigo comprou um Xt-3 há um mês, vou perguntar pra ele.
Agora, luz de palco é uma coisa, sempre há luz. O problema maior é o contra luz. Em eventos há momentos que não há luz nenhuma, o infra ajuda até no enquadramento.
Eu com minhas jurássicas 5D só precisei usar uma vez, num casamento a noite em céu aberto.
Para você ter uma ideia do local, iso 1600, f/125 e f/2 estava dando -2 de subexposto no fotometro.
Tenho certeza que qualquer ML ou uma 6D focariam de boa sem ajuda disso.
Senão me engano o Armando Vernaglia cita no review da RP , que a R ou a RP, podem focar em até -5 ou -6 Ev, o que é algo extremamente escuro. Pelo que ele citou, o foco é encontrado e até com certa rapidez. Mas isso são considerações dele, não testei ainda as câmeras citadas pra ter a minha própria opinião.
O que eu acho que mais pesa nas Mirrorless, em comparação as DSLR, ainda é a questão da ergonomia, do visor eletrônico (que não chega aos pés do ótico das dslr) e a questão da bateria. São pontos fracos que as fabricantes ainda precisam resolver.
Eu costumo deixar essa luz ativada por padrão, mas são raras as situações que ela acende (em eventos acho que só na hora da balada)
A única vez que eu tive uma dificuldade real de foco foi há dois meses. Estava em uma caverna e a luz do meu capacete era meio fraca, iluminava uns 3m pra frente só, nem a luz auxiliar ajudava a focar paredões mais distantes… aí eu botava em MF, focava mais ou menos de acordo com a distância que eu achava que estava e fotografava com flash
Já precisei algumas vezes sim. Como eu disse, não é só questão de achar o foco, mas mesmo em cenas não tão escuras, a luz ajuda a focar mais rápido. De padrão eu sempre deixo ativada. A vez mais grave que precisei foi um casamento na praia a céu aberto que atrasou demais e ficou noite e tudo escuro. E ainda estava num contra-luz. Eu nem estava usando flash, mas deixei ligado por conta da luz auxiliar.
Pois é, mas não é tudo infravermelho, senão a gente nem conseguiria ver. Tem uma faixa de vermelho bem grande na frequência dessa luz…
Pois é, tem isso, a R teoricamente foca a -6EV e a RP a -5EV. Mas a informação nas letras miúdas diz que esse foco é só com lentes de abertura f/1.2… Com lentes f/2.8 acho que faz foco “só” a -4EV, se não me engano. Que ainda assim é bem escuro, tem que ver se na prática é isso mesmo.
É verdade. Cada um sabe os problemas q enfrentam no dia a dia.
Mas esse lance de como a camera atua qdo não há luz, e vc esta uns 4 metros do assunto me instiga ainda. O lance é pegar o equipamento nas mãos e testar na prática.