Pare tudo o que está fazendo e veja o video a seguir, em tela inteira por favor:
Agora pense: O que você ja fez? onde você ja esteve? O que você vai fazer?
Pare tudo o que está fazendo e veja o video a seguir, em tela inteira por favor:
Agora pense: O que você ja fez? onde você ja esteve? O que você vai fazer?
Imagens impressionantes mesmo (especialmente o derrière da Beyoncé no contra-luz), mas precisava de uma chamada tão espetaculosa: “PARE TUDO…” rsrsrs
Wow
Minha reação vendo o video :eek:
Obrigado por compartilhar,difícil de assistir sem se emocionar!
Tava emocionado ainda xD
É realmente dificil de ver esse video sem ao menos lacrimejar
Imagina ao vivo com aquela projeção ultramegapower realista,muito foda…me deu vontade de sair pelo mundo fotografando e ajudando de alguma forma todas aquelas pessoas,mesmo que a única ajuda fosse imortaliza-las em uma imagem,enfim… muito inspirador e as performances da Beyonce dispensam qualquer comentário! :worship: :worship:
Muito show!!! Imagina para quem estava na plateia e conferiu ao vivo!!!
Olá pessoal!
Belo vídeo! Muito bem feito…e feito pra emocionar…e isso é bom, mas temos que tomar um certo cuidado…pra isso não cegar a racionalidade e, em alguns casos, levar a atitudes passionais que em vez de ajudar podem ser prejudiciais.
Tenho um tese simples a esse respeito…e acho que funciona…ajudo quem eu conheço…e que julgo que será uma ajuda de fato…que trará benefícios.
Conheço o trabalho da APAE daqui de Guarapuava…e é muito bem feito, com seriedade e dedicação…contribuo mensalmente.
A minha diarista é uma pessoa bem humilde e com um histórico difícil já dei sofá, fogão e outras coisas…e pago uma diária bem acima da média daqui… porque… acho o fim…tem gente de classe média / média alta e ricos que pegam o telefone contribuem com o Unicef, nem sabem pra onde vai o dinheiro e como ele será investido…e na hora de pagar a diarista querem pagar diária de fome, descontar o transporte etc etc…afff…sei de gente aqui, de bairro nobre que paga 30 reais pra uma diarista e ainda exige que chegue as 7:00 até 17:00 - com 30min de almoço (extrapolando as 8 horas) e ainda não paga o transporte…quem faz isso é muito fdp.
Eu pago 65 …dou o transporte (e toda seman mais algumas coisas…leite, iogurte etc) e ela chega em casa as 8:30 e sai às 16:30…é a forma de ajudar alguém que merece e precisa e alguém que eu conheço…algo muito mais lógico. Temos muita gente que chega na Universidade pública em que leciono com muita dificuldade financeira…gente que rala como ajudante de pedreiro, diarista e tem até catadores…ganham pouco…no limiar…e falta pra livro, xérox e as vezes até pra água, luz etc…constantemente eu, minha esposa e alguns outros professores estamos socorrendo esse pessoal…mas novamente tem alguns…que nunca contribuem (e isso com pessoas que são do seu convívio) …é muito mais lógico ajudar quem está próximo… e muitos que mendigam justamente pra esse…dão o dinheiro pra alguma instituição que nem conhecem :no: :no:
Essas ajudas humanitárias transnacionais as vezes geram impactos e distorções que nem imaginamos…trago uma entrevista muito interessante de alguns riscos que normalmente não imaginamos…desse tipo de campanha, por favor, peço que leiam com atenção.
DER SPIEGEL
06.07.2005
Especialista explica que a ajuda internacional alimenta a corrupção e impede que a economia se desenvolva, o que destrói a produção agrícola e causa desemprego, mais miséria e mais dependência
Thilo Thielke
Em Hamburgo
O especialista em economia James Shikwati, 35
, do Quênia, diz que a ajuda à África é mais prejudicial que benéfica. O entusiástico defensor da globalização falou com a SPIEGEL sobre os efeitos desastrosos da política de desenvolvimento ocidental na África, sobre governantes corruptos e a tendência a exagerar o problema da Aids.
DER SPIEGEL - Senhor Shikwati, a cúpula do G8 em Gleneagles deverá aumentar a ajuda ao desenvolvimento da África…
James Shikwati - Pelo amor de Deus, parem com isso!
DS - Parar? Os países industrializados do Ocidente querem eliminar a fome e a pobreza.
Shikwati - Essas intenções estão prejudicando nosso continente nos últimos 40 anos. Se os países industrializados realmente querem ajudar os africanos, deveriam finalmente cancelar essa terrível ajuda. Os países que receberam mais ajuda ao desenvolvimento também são os que estão em pior situação. Apesar dos bilhões que foram despejados na África, o continente continua pobre.
DS - O senhor tem uma explicação para esse paradoxo?
Shikwati - Burocracias enormes são financiadas (com o dinheiro da ajuda), a corrupção e a complacência são promovidas, os africanos aprendem a ser mendigos, e não independentes. Além disso, a ajuda ao desenvolvimento enfraquece os mercados locais em toda parte e mina o espírito empreendedor de que tanto precisamos. Por mais absurdo que possa parecer, a ajuda ao desenvolvimento é uma das causas dos problemas da África. Se o Ocidente cancelasse esses pagamentos, os africanos comuns nem sequer perceberiam. Somente os funcionários públicos seriam duramente atingidos. E é por isso que eles afirmam que o mundo pararia de girar sem essa ajuda ao desenvolvimento.
DS - Mesmo em um país como o Quênia pessoas morrem de fome todos os anos. Alguém precisa ajudá-las.
Shikwati - Mas são os próprios quenianos quem deveria ajudar essas pessoas. Quando há uma seca em uma região do Quênia, nossos políticos corruptos imediatamente pedem mais ajuda. O pedido chega ao Programa Mundial de Alimentação da ONU --que é uma agência maciça de “apparatchiks” que estão na situação absurda de, por um lado, dedicar-se à luta contra a fome, e por outro enfrentar o desemprego onde a fome é eliminada. É muito natural que eles aceitem de bom grado o pedido de mais ajuda. E não é raro que peçam um pouco mais de dinheiro do que o governo africano solicitou originalmente. Então eles enviam esse pedido a seu quartel-general, e em pouco tempo milhares de toneladas de milho são embarcadas para a África…
DS - Milho que vem predominantemente de agricultores europeus e americanos altamente subsidiados…
Shikwati - … e em algum momento esse milho acaba no porto de Mombasa. Uma parte do milho em geral vai diretamente para as mãos de políticos inescrupulosos, que então o distribuem em sua própria tribo para ajudar sua próxima campanha eleitoral. Outra parte da carga termina no mercado negro, onde o milho é vendido a preços extremamente baixos. Os agricultores locais também podem guardar seus arados; ninguém consegue concorrer com o programa de alimentação da ONU. E como os agricultores cedem diante dessa pressão o Quênia não terá reservas a que recorrer se houver uma fome no próximo ano. É um ciclo simples mas fatal.
DS - Se o Programa Mundial de Alimentação não fizesse nada, as pessoas morreriam de fome.
Shikwati - Eu não acredito nisso. Nesse caso, os quenianos, para variar, seriam obrigados a iniciar relações comerciais com Uganda ou Tanzânia, e comprar alimento deles. Esse tipo de comércio é vital para a África. Ele nos obrigaria a melhorar nossa infra-estrutura, enquanto tornaria mais permeáveis as fronteiras nacionais --traçadas pelos europeus, aliás. Também nos obrigaria a estabelecer leis favorecendo a economia de mercado.
DS - A África seria realmente capaz de solucionar esses problemas por conta própria?
Shikwati - É claro. A fome não deveria ser um problema na maioria dos países ao sul do Saara. Além disso, existem vastos recursos naturais: petróleo, ouro, diamantes. A África é sempre retratada como um continente de sofrimento, mas a maior parte dos números é enormemente exagerada. Nos países industrializados existe a sensação de que a África naufragaria sem a ajuda ao desenvolvimento. Mas, acredite-me, a África já existia antes de vocês europeus aparecerem. E não fizemos tudo isso com pobreza.
DS - Mas naquela época não existia a Aids.
Shikwati - Se acreditássemos em todos os relatórios horripilantes, todos os quenianos deveriam estar mortos hoje. Mas agora os testes estão sendo realizados em toda parte, e acontece que os números foram enormemente exagerados. Não são 3 milhões de quenianos que estão infectados. De repente eram apenas cerca de um milhão. A malária é um problema equivalente, mas as pessoas raramente falam disso.
DS - E por quê?
Shikwati - A Aids é um grande negócio, talvez o maior negócio da África. Não há nada capaz de gerar tanto dinheiro de ajuda quanto números chocantes sobre a Aids. A Aids é uma doença política aqui, e deveríamos ser muito céticos.
DS - Os americanos e europeus têm fundos congelados já prometidos para o Quênia. O país é corrupto demais, segundo eles.
Shikwati - Temo, porém, que esse dinheiro ainda será transferido em breve. Afinal, ele tem de ir para algum lugar. Infelizmente, a necessidade devastadora dos europeus de fazer o bem não pode mais ser contida pela razão. Não faz qualquer sentido que logo depois da eleição do novo governo queniano --uma mudança de liderança que pôs fim à ditadura de Daniel Arap Mois–, de repente as torneiras se abriram e o dinheiro verteu para o país.
DS - Mas essa ajuda geralmente se destina a objetivos específicos.
Shikwati - Isso não muda nada. Milhões de dólares destinados ao combate à Aids ainda estão guardados em contas bancárias no Quênia e não foram gastos. Nossos políticos ficaram repletos de dinheiro, e tentam desviar o máximo possível. O falecido tirano da República Centro Africana, Jean Bedel Bokassa, resumiu cinicamente tudo isso dizendo: “O governo francês paga por tudo em nosso país. Nós pedimos dinheiro aos franceses, o recebemos e então o gastamos”.
DS - No Ocidente há muitos cidadãos compassivos que querem ajudar a África. Todo ano eles doam dinheiro e mandam roupas usadas em sacolas…
Shikwati - … e então inundam nossos mercados com essas coisas. Nós podemos comprar barato essas roupas doadas nos chamados mercados Mitumba. Há alemães que gastam alguns dólares para comprar agasalhos usados do Bayern Munich ou do Werder Bremen. Em outras palavras, roupas que algum garoto alemão mandou para a África por uma boa causa. Depois de comprar esses agasalhos, eles os leiloam na eBay e os mandam de volta à Alemanha – pelo triplo do preço. Isso é loucura!
DS - … e esperamos que seja uma exceção.
Shikwati - Por que recebemos essas montanhas de roupas? Ninguém passa frio aqui. Em vez disso, nossos costureiros perdem seu ganha-pão. Eles estão na mesma situação que nossos agricultores. Ninguém no mundo de baixos salários da África pode ser eficiente o bastante para acompanhar o ritmo de produtos doados. Em 1997 havia 137 mil trabalhadores empregados na indústria têxtil da Nigéria. Em 2003 o número tinha caído para 57 mil. Os resultados são iguais em todas as outras regiões onde o excesso de ajuda e os frágeis mercados africanos entram em colisão.
DS - Depois da Segunda Guerra Mundial a Alemanha só conseguiu se reerguer porque os americanos despejaram dinheiro no país através do Plano Marshall. Isso não se qualificaria como uma ajuda ao desenvolvimento bem-sucedida?
Shikwati - No caso da Alemanha, somente a infra-estrutura destruída tinha de ser reparada. Apesar da crise econômica da República de Weimar, a Alemanha era um país altamente industrializado antes da guerra. Os prejuízos criados pelo tsunami na Tailândia também podem ser consertados com um pouco de dinheiro e alguma ajuda à reconstrução. A África, porém, precisa dar os primeiros passos na modernidade por conta própria. Deve haver uma mudança de mentalidade. Temos de parar de nos considerar mendigos. Hoje em dia os africanos só se vêem como vítimas. Por outro lado, ninguém pode realmente imaginar um africano como um homem de negócios. Para mudar a situação atual, seria útil se as organizações de ajuda saíssem.
DS - Se fizessem isso, muitos empregos seriam perdidos imediatamente.
Shikwati - Empregos que foram criados artificialmente, para começar, e que distorcem a realidade. Os empregos nas organizações estrangeiras de ajuda são muito apreciados, é claro, e elas podem ser muito seletivas na escolha das melhores pessoas. Quando uma organização de ajuda precisa de um motorista, dezenas de pessoas se candidatam. E como é inaceitável que o motorista só fale sua língua tribal, o candidato também deve falar inglês fluentemente --e, de preferência, ter boas maneiras. Então você acaba com um bioquímico africano dirigindo o carro de um funcionário da ajuda, distribuindo comida européia e forçando os agricultores locais a deixar seu trabalho. É simplesmente loucura!
DS - O governo alemão se orgulha exatamente de monitorar os receptores de suas verbas.
Shikwati - E qual é o resultado? Um desastre. O governo alemão jogou dinheiro diretamente para o presidente de Ruanda, Paul Kagame, um homem que tem na consciência a morte de um milhão de pessoas --que seu exército matou no país vizinho, o Congo.
DS - O que os alemães deveriam fazer?
Shikwati - Se eles realmente querem combater a pobreza, deveriam parar totalmente a ajuda ao desenvolvimento e dar à África a oportunidade de garantir sua sobrevivência. Atualmente a África é como uma criança que chora imediatamente para que a babá venha quando há algo errado. A África deveria se erguer sobre os próprios pés.
Penso e ajo exatamente como Oliberal… doo e ajudo pessoalmente, em minha própria comunidade, tem sempre pessoas necessitadas, raramente terceirizo este tipo de ação, a não ser que acompanhe o destino, como a doação que fizemos do material recolhido em uma gincana na empresa, mais de 4 toneladas de alimento e milhares de peças de roupa, doadas a um asilo de Passo Fundo, os de Marau já haviam recebido outras doações pelas empresas daqui, sugeriram a doação para a cidade vizinha…é a unica forma de sua doação acabar na mão de quem você queria ajudar e não ser desviado…algumas vezes, levei algumas crianças que pediam dinheiro na padaria ao lado, onde paguei a conta, sei que se tivesse dado o dinheiro, provavelmente os pais ou mães iam usar para outras atividades
Concordo contigo, Oliberal. Apesar de ser um belíssimo vídeo e toda forma de ajuda ser válida, vai muito no emocional, quanto na verdade isso “toca” as pessoas somente por alguns minutos, segundos talvez…quando o impacto acaba, acaba tudo.
Aqueles que fato ajudam e contribuem o fazem de forma racional…pensando mesmo em como ajudar. “Chamadas de atenção” como esta sempre existiram… Os acima de 30 devem lembrar de “we are the world”… veja, USA for Africa - We Are The World (w/M.Jackson) + Lyrics HQ - YouTube é muito legal, mas foi, de fato efetivo? O problema ainda continua… enfim, talvez eu seja racional e descrente demais
Amigos, entendo o ponto de vista de vocês, inclusive agimos de forma parecida, nós tomamos a presidência da associação comunitária do nosso bairro, que estava às moscas, já conseguimos fundos pra realizar as principais reformas e aquisições e agora o local ja é utilizável para a comunidade, inclusive para festas da escola, igreja, casamento, 15 anos, cursos, e ajudamos voluntariamente em todo o gerenciamento e administração do local em pró da comunidade… um trabalho árduo e, inclusive, algumas vezes mal valorizado por alguns da comunidade que já pensam que estamos roubando ou agindo de ma fé…
Mas mudando de assunto, não concordo com a opinião do entrevistado citado. Ao meu olhar como formando em administração é uma opinião egoísta e muito parcial. Simplesmente pelo fato de que ele já tem sangue frio o suficiente pra não dar valor às vidas que são salvas diariamente pelos programas e é muito radical em suas opiniões, isso fica muito claro em sua frase final:
“Se eles realmente querem combater a pobreza, deveriam parar totalmente a ajuda ao desenvolvimento e dar à África a oportunidade de garantir sua sobrevivência. Atualmente a África é como uma criança que chora imediatamente para que a babá venha quando há algo errado. A África deveria se erguer sobre os próprios pés.”
Concordo que muitas das questões levantadas são reais e que a corrupção na região da áfrica é um problema crônico que tem de ser resolvido. Mas não é simplesmente cortando os programas de ajuda que a situação vai melhorar. A áfrica tem problemas gravíssimos de infra-estrutura, isso impossibilita que empresas sediem suas fábricas e plantas na região. Não estamos falando nem de falta de fibra ótica, estamos falando de energia elétrica e telefone! Ao meu ver existe muita filantropia e pouca administração, a destinação dos recursos é errada, os programas de alimentação simplesmente doam comida, e roupas. O engraçado é que ele mesmo enxerga a falta de infra-estrutura, mas não sugere nada relativo ao redirecionamento dos programas de ajuda, prefere ser radical e perder uma grande oportunidade de investimento externo e prejudicando o povo do próprio país:
“No caso da Alemanha, somente a infra-estrutura destruída tinha de ser reparada. Apesar da crise econômica da República de Weimar, a Alemanha era um país altamente industrializado antes da guerra. Os prejuízos criados pelo tsunami na Tailândia também podem ser consertados com um pouco de dinheiro e alguma ajuda à reconstrução. A África, porém, precisa dar os primeiros passos na modernidade por conta própria.”
Desculpa, mas nenhum administrador ou economista que se preze dispensaria a entrada de recursos para alavancagem de infra-estrutura, ainda mais sem nem ter que pagar juros sobre isso.
Razad valeu em compartilhar este vídeo, muito emocionante. :worship: