Qual o uso dessas câmeras

Eu acho que pra eventos, as 6x6 tem uma “pegada” ruim e não possuem autofoco. Isso dificulta bastante o trabalho. Ou melhor, não ajuda :). Já a pentax 6x7 tem a “pegada” mas é muito pesada e também não tem autofoco. Nesse sentido eu acho mais interessante as 645, pela “pegada”, pelo autofoco (alguns são bem lentos - contax, mamiya AF, pentax e outros já são mais rápidos mamiya AFDIII, phase one), e pelo número de fotos maior que dos formatos maiores. A desvantagem está no tamanho do negativo. Se fosse optar por um negativo maior em eventos, eu pensaria na mamiya 7, mais leve que a pentax 67, mas também sem autofoco. O inconveniente é o preço dela, mais caro.
Outra opção é alternar entre o médio formato e o formato 35mm. Aí voce pode usar qualquer camera médio formato pra situações específicas. E usar o 35mm para fotos que exijam rapidez, espontaneidade. Além disso tem a vantagem de poder rentabilizar melhor o trabalho, usando as 36 poses do filme 35mm na maior parte do tempo.

Mas como o Braga falou, acho importantissima a presença de um assistente pra ficar trocando os filmes pra voce.

Depende da lente. As lentes para retrato com shutter tem alto sync speed.
Sobre iso alto e granulacao, se trata de 6x7, a granulacao de fotos a ISO 800 ou 1600 nao fica tao grande igual nas 35mm.
E depende do filme e revelacao tambem. Eu tenho otimos exemplos de fotos 35mm (filme) fotografado a ISO 3200 e a granulacao nao eh tao agressiva quanto muitos esperariam que fosse.

Nao intendi, pq nao pode imprimir em formato quadrado?

Eu nao ligo para autofot… Serio, para mim nao faz falta. Mas eu tenho a impressao de que o sistema de foco das camera de lentes gemeas e Mamyia RB/ZB sao lentos demais para cituacoes mais “surpresas”.

Putz… vc tem razão. Estamos falando de saída da foto depois de digitalizada.

É que eu estava raciocinando com o uso do tradicional ampliador, no qual se usa papel fotográfico. É neste último que eu mencionava o corte da imagem. Aliás, ou o corte da imagem pra ficar retangular conforme o formato do papel; ou o contrário, isto é, ampliando quadrado no papel mas cortando um papel dele que ficou em branco, o que é muito caro também pois o preço de papel está nas nuvens.

Com a digitalização do filme nada disso acontece, a gente dá saída no tamanho que quiser.

RZ eu não sei, pois não conheço. No entanto, as RB são de foco manual. Todas: Mamiya RB67, Mamiya RB67 Pro S, Mamiya RB67 PRO SD.

Disso eu sei. Sao todas manuais. O que eu quero dizer eh que o anel de ajuste de foto, eu considero lento, diferente dos aneis de foco na lente que costumam ser mais rapido (falando manualmente aqui e nao automatico).

Eu nao sei exatamente o periodo, mas o que eu ouco dizer eh que ate meados dos anos 80, estipulo eu, era a lei fotografar cerimonias com medio formato, pq cerimonias ainda se exigiam o padrao classico fotografico, e o medio fomato era o que ainda atingia um certo requerimento visual classico do Dynamic Range e menor ruido em situacoes de menos luz. Aparecer em um casamento com uma 35mm era pedir para levar um pe na bunda.

Ate que apareceu a galera que comecou a encarar fotos de casamento mais como evento do que como cerimonial… O tal “estilo jornalistico” como muitos gostam de chamar. E para isso nada melhor do que 35mm e muito flash ou grao.

Eh, a maioria, dos fotografos comerciais que trabalham com filme e com muito volume de trabalho, ou aqueles que tem dinheiro sobrando, contratam alguem somente para revelar e imprimir.

Mas esses que eles contratam revelam e imprimem a maneira que o fotografo pede e sao pessoas com experiencia em inumeros metodos, resultados e efeitos sabendo como atender o resultado que eh pedido a eles. Tudo revelado na mao mesmo, nada de maquina.

Eh muito diferente de mandar o filme para revelar e imprimir em uma loja por exemplo, em que a maioria vc so pode pedir para puxar ou empurrar a revelacao para um ISO determinado, mas o resultado final sera sempre o padrao da loja mesmo, nao sendo apropriado para resultados profissionais/artisticos mais serio ou exigente, digamos assim.

Para muitos revelar filme eh tedioso e sem graca. Mas para muitos igual a mim acha prazeroso, interessante e principalmente criativo, pq vc fica fazendo experimentos com diferentes filmes, reveladores, metodos de revelacao e fotomedicao para ver o efeito, e quando acha uma combinacao que goste tenta masterizar. E fica sendo a sua maneira de revelar que provavelmente mais ninguem tem ou se tem, pode ser muito parecido mas muito dificilmente exatamente igual.

Eu sei que no Brasil a galera que revela filme em casa gosta de fazer agitacao violenta para conseguir contrate, mas que tende a destacar mais os graos, algo que por exemplo nao eh tao comum onde eu aprendi a revelar, onde a galera prefere dar um pitaco mais de exposicao na foto e redizir um pouco o tempo de revelacao para mais contraste e grao menos distacado. Mas o ideal eh sempre deixar margem no filme e dar o contraste final desejado na hora da impressao.