Trabalhando Freela com eventos de Audiovisual

Bom estes dias tenho feito uns bicos pra levantar uma plata…
Peguei alguns jobs de eventos em sampa. Bacana que tenho aprendido coisas novas que eu sequer imaginava.
Os jobs que eu peguei não tem nada ver com fotografia, na verdade tem alguma coisa relacionado mais com a área de Audio e vídeo.
Faço a parte de Técnico de informática e operação de Zoom. Mas sempre nesses eventos rolam essas funções:
Técnico ou Operador de VMix, Resolume, Som, mesa de corte, A/V, Câmera, Zoom/Teams/Webex, tradução simultânea, sonoplastia, iluninação.

Já fiz vários jobs assim, mas ainda não me considero um cara muito experiente já que é um tipo de serviço meio que nem “fast food” (fica algumas horas e depois cada um vai para um lado), logo não se tem muito tempo para se aprofundar nas coisas. O que se aprende é ali na hora e na prática. Nem sei se tem curso dessas coisas.

Achei que os conhecimentos de fotografia iriam me ajudar, mas na prática, eventos A/V, transmissões e lives, são bem outra pegadas.
Lá tem umas interfaces bem diferentes. Até então eu nunca tinha ouvido falar de repetidor HDMI, NDI, SDI, camera Broadcast, Resolume, Vmix. Bacana que estou aprendendo.
Ontem mesmo eu operei uma câmera PTZ… Acho engraçado que os nomes que o pessoal fala são bem diferentes do que estou acostumado… Câmera PTZ o pessoal chama de Robótica, aquele grid que usamos no Sofbox o pessoal chama de Polarizador, Canhão de luz o pessoal chama de Elipso (não sei pq), microfone de cabeça eles chamam de headset, extensão o pessoal chama de cabo AC, abertura da câmera o pessoal chama de íris, teleprompter eles chamam de TP, o suporte de televisão eles chamam de Batman (por causa do formato do pedestal), slide de apresentação o pessoal chama de PPT.

Estou querendo aprender um pouco sobre câmera Broadcast. Tentei mexer outro dia numa da Sony, mas nem desligar eu soube :aua:. Até o tripé era diferente… cato uma lata danada na hora de desmontar e tirar do plate. Achava que seria igual uma DSLR, mas não vi muita similaridade.
O ruim de job A/V assim é quando é Live e tem timing para tudo. Quando tem diretor então o negócio estreita. ë o maior stress, já que tudo tem os segundos certos para acontecer, diferente de fotografia e filmagem que temos certo tempo pra pensar.

Pelo que me falaram, a diferença entre Operador e técnico é que um é o que somente opera, enquanto o outro além de saber operar, faz a parte de instalação e configuração.

É muito comum de nesses eventos o orçamento ser mais enxuto, então muitas vezes quem monta acaba operando também. Tem o tradicional problema de falta de mão de obra, já que é tudo de última hora, com isso acontece aquelas tretas de o cara ficar sem comer ou ter que varar a noite montando a house. Também tem o lance que as agências contratadas muitas vezes tem a sua equipe majoritariamente formada de freelancers, o que acaba fazendo com que não haja o entrosamento e o comprometimento ideal.

Os caras ficam pistola quando se enrola os cabos “no braço”… parece que tem uma técnica da Nasa pra enrolar o cabo e ele desenrolar certinho (preciso aprender ainda).

E aí vocês já trabalharam em eventos assim?

Trabalhei quase 30 anos nesse ramo em diversas funções, comecei como assistente, sem saber enrolar um cabo e parei na pandemia, só que nessa época já era gerente de contas
Técnico ou operador, tanto faz, todos são “os caras da house”,
Nos últimos 20 anos trabalhei na mesma empresa, uma das maiores e mais completas no ramo de comunicação corporativa (eventos, transmissões, organização/criação, video produção) atendendo aos maiores players do Brasil em seus respectivos ramos
Quando parei senti alivio, é uma atividade que o stress em todas as etapas é muito alto, só que lendo seu relato senti certa saudade…
Não descarto em absoluto voltar a atividade é algo que estou avaliando ainda, até porque mais que profissão é meio que um estilo de vida (sem horários, datas, muita viagem, correria, etc) e sinceramente esse tempo que estou distante nunca estive tão descansado e relaxado na vida

Em tempo, essas palavras que usou para os equipamentos são as mesmas que eu usava, incluindo uma bem incomum, o batman, será que os freelas que fez não foram na empresa que eu trabalhava?

Olá, chegou a trabalhar com o Paulo Suplicy?

Não, com ele não

Eu tenho feito job para a R1 (eles estão em vários Hotéis de SP), também para a Quality e para a AVSC.

A R1 costuma ser mais puxado, jornada maior, mas como eles estão bem consolidados são os que mais me chamam. Por já estar tipo fixo em vários Hotéis, quando alguém fecha algum evento nesse hotel, naturalmente eles fazem a parte audiovisual do evento.
A Quality eu tenho gostado bem, eles chamam com certa antecedência e o clima do staff me parece ser mais tranquilo. O que me falaram, é que durante a pandemia eles andaram atrasando pagamento de vários freelas deles, mas comigo sempre foi certinho.
A AVSC foi a que paga melhor e tem melhores equipamentos, mas fiz poucos jobs para eles.
Tem outra que estou querendo o contato, uma tal de Projesom, dizem que é grande também.

FDS passado fiz outro job, não sabia do nome: MEDIA DESK.
Basicamente o Media Desk é um concierge que recebe os palestrantes, revisa as apresentações e encaminha para as Houses respectivas, assim o técnico da house não deve ter surpresas na hora de rodar a apresentação do palestrante.
O Media desk rola em eventos que tem muitos palestrantes, tipo um Congresso, onde cada palestrante fala 10-20 minutos e passa para o próximo. Nessa circunstância, o téc A/V não teria tempo hábil para ajustar algum eventual problema numa apresentação que tem o tempo certinho para acontecer.

Só sei ajudar nisso aqui:

Só toma cuidado com a Quality.

E falam “iris” pois nas cameras antigas a abertura vinha escrita como “iris”…