Braga eu venho dizendo que isso vai acontecer a tempos. a tendência é que se torne cada vez mais difícil conseguir filmes e no longo prazo a tendência é que tenhamos que fazer em casa ou comprar de empresas pequenas a custos exorbitantes para termos acesso aos filmes. Infelizmente o filme está agonizando em termos comerciais, só resta esperanças no coração de alguns poucos apaixonados, que terão que se virar para continuar com sua paixão.
Lucas não me leve a mal, mas eu digo que isso iria acontecer no longo prazo desde 2005 e o que se observa é que está exatamente acontecendo o que eu disse, não vejo a disponibilidade de filmes aumentando, o que vejo é exatamente o contrário, ela caindo e filmes sendo descontinuados um atrás do outro. Em 2005 eu previa que em cinco anos já haveria dificuldades para encontrar bons filmes e isso já está se tornando uma realidade. Também havia previsto que a variedade haveria sido reduzida de forma significativa, o que também é uma realidade.
Qualquer um que entenda um pouquinho de administração estratégia sabe que o filme é um produto comercialmente morto e como todo produto do tipo vai minguando. Você ainda acha vídeo K7 para comprar, mas está muito difícil e ninguém aqui acha que o Vídeo K7 seja um produto que vá renascer das cinzas. O mesmo vale para o vinil, que você ainda encontra, mas também virou um produto extremamente específico, caro e difícil de achar.
Não se iluda que o caminho do filme é exatamente o mesmo do vinil e do K7, é um produto que está está na curva de declínio do ciclo de vida do produto e já é um Pet da matriz BCG para a maioria das grandes fabricantes (tanto que a maioria está se retirando do mercado, hoje temos menos de 20% dos filmes que tinhamos a 5 anos). Comercialmente é um produto morto e como tal vai sobrar poucas empresas interessadas em explorar os resquícios de mercado (sempre haverá alguém querendo comprar e produzir estes produtos comercialmente mortos, mas a custos elevados). No momento a Kodak está com aproximadamente 30% da linha que tinha antes, a Konica e a Agfa se foram, a Fuji ainda é a marca com o maior participação e mesmo assim já retirou alguns de seus produtos importantes do mercado.
Pensar que o filme vai continuar firme e forte como era a alguns anos é pura ingenuidade, porque ele está morrendo (na verdade de forma bastante clara), o problema é que o rítmo é tão anestésico que você nem tinha percebido que de 5 anos para cá 4/5 de tudo que existia de filmes já não existe mais. :eek:
Eu sou usuário de filmes, assim como ainda uso Vinil em casa e minha experiência com vinil me mostra claramente o caminho que o filme irá tomar. Infelizmente vai elitizar o produto a um nível que muitas vezes torna inviável sua aquisição…
Leo, concordo com voce em partes, acho que sua previsão é valida para o Brasil e paises em desenvolvimento onde ter um produto de vanguarda “o torna uma pessoa de status mais elevado”. Aqui no Japão quando saio com a minha pequenina FE10 até mesmo fotografos com 1Ds MK III ou D3x “pagam um pau pra nikonzinha” e filmes, K7, beta max e vinil não são dificeis de serem encontrados. Mas sabendo a situação do Brasil já estou fazendo meu estoque de Velvia e Ilford.
Também concordo nada com as perspectivas negativas do Leo.
Eu nunca tive problema em encontrar filme. Já comprei na Tecnocroma e me lembro bem que filme nunca foi um forte deles.
É óbvio que a venda de filmes diminuíram, mas está longe de acabar.
E cá prá nós, discutir e profetizar isso aqui é o mesmo que entrar numa sala de digitais e dizer como é trágico o crescimento que o digital trouxe pra qualidade da fotografia.
É curioso porque a própria Kodak, cuja referência que vc mesmo faz, acabou de lançar um filme: o Ektar 100 (tanto para 120 como 135). Outro exemplo: a Fuji tinha há não muito tempo um tal de NPS (ainda se vende dele por aí), e na mesma linha de ISO 160, bem recente existem o PRO 160S, facilmente encontrado aqui em SP. Se não bastasse, há ainda uma variação deste último, o PRO 160C. O primeiro mais suave, mais para o tom de pele; o último bem saturado, com muito mais contraste. Devo entender assim: um mesmo filme para atender gostos diferentes. Sou leigo no assunto, pois descobri a fotografia há bem pouco tempo. Acho, apesar disso, que esta minha opinião talvez deva retratar pelo menos uma parte da verdade que se vê por aí.
Até semana passada tinha o Ektar (120, porque o 135 continua disponível) à vontade na B&H. Hoje ele está “Out of Stock”, o que significa dizer que está sendo procurado, mais ainda, vendido.
Claro que há uma evidente diminuição no volume de venda. Mas daí vc usar a expressão “comercialmente morto” eu, particularmente, não concordo. Considere que ainda se vende vinil, filme super 8, e outras coisinhas mais. Quem tem interesse em comercializar isso e pra ganhar quanto? Bem, isso já outro tipo de discussão.
Repito. Não sejamos hipócritas, pois o filme vai mesmo se tornar escasso e sumir do mapa, talvez daqui há cento e cinquenta anos. O quê?! Eu errado no prazo que prevejo? Tudo bem, mas quem está certo? Quem sabe quando ele vai deixar de existir?
Marcos como eu disse, Vinil e K7 não são impossíveis de serem encontrados, vivem apenas uma nova realidade. Não só no Brasil, é um fenômeno mundial (eu uso vinil no Brasil). Eu acompanho números de mercados de produtos a tempos (estratégia corporativa é minha principal área de formação), dizer que K7 e vinil continuam sendo produtos viáveis para escala é insano em QUALQUER lugar do mundo. Os filmes simplesmente estão caminhando na mesma direção. Hoje se você tentar comprar um aparelho de vinil ele custa absurdamente mais do que qualquer aparelho de CD ou DVD, em qualquer lugar do mundo que você for procurar.
Braga a 6 anos a Kodak fecha no vermelho e o buraco é exatamente a divisão de filmes. Agfa e Konica já cairam a tempos. Isso é um sinal mais do que evidente da inviabilidade comercial do filme, simplesmente todos os GIGANTES que permaneceram neste mercado (a exceção da Fuji que ainda continua razoavelmente bem) estão desmoronando. O lançamento da Kodak nos MF só tem um objetivo estratégico, manter a linha de produção ativa. Não é um novo produto, é simplesmente uma forma de dar uma sobrevida a antigos produtos. O que se ve hoje são redesenhos para tentar tirar proveito do que ainda resta de mercado, através da otimização de linhas e produtos já existentes. Muitas lihas estão sendo tiradas de produção para evitar custos.
Me desculpe, mas isso é estar comercialmente moribundo. Tendo com base o ciclo de vida do produto (ensinado no segundo ano de qualquer escola de administração meia boca) fica evidente que é um produto em declínio (que pode ser mais ou menos intenso) e a história simplesmente mostra que estes produtos caem a níveis de produção praticamente artesanais com o passar do tempo. Para alguém que estuda estratégia a 10 anos (como o meu caso) fica muito evidente isso, para quem tem menos contato com a área pode até parecer uma “profecia” sem fundamento, mas na verdade é baseada em probabilidades históricas. Em termos probabilísticos é praticamente fato que o filme vai caminhar no mesmo sentido que os demais produtos que passaram por isso.
É muito mais do que evidente que o mercado de filmes desmorounou, só não ve quem não quer. Quer saber como será o mercado de filmes amanhã então de uma olhada em como é o mercado de Vinil hoje, que deverá ser bem parecido. É lógico que o filme não irá desaparecer, ele é uma tecnologia documentada, sempre haverá um louco que poderá fazer filmes no quintal de casa, ou qualquer outra coisa. Se você tiver o conhecimento e paciência você pode fazer qualquer coisa.
Eu particularmente ainda gosto das minhas câmeras de filme, mas em vez de ficar me iludindo (achando que o filme continua firme e forte, o que obviamente não está, os 2 dos 3 filmes que eu usava já se foram) eu prefiro discutir alternativas, como fiz com o Vinil, hoje tenho um leitor de vinil a LASER em casa, em vez de ficar me lamentando pela morte comercial do Vinil eu achei quem fizesse aparelhos e paguei o que me pediram por ele (que foi bem salgado).
Infelizmente eu sou extremamente realista com tudo o que faço na minha vida (digo infelizmente porque isso promove certos sofrimentos), por isso em termos de filmes hoje eu não penso mais neles como pensava a 5 anos, eu já penso como um produto que está de fato moribundo, neste sentido procuro pensar sobre como encontrar pequenas companias (na russia, china, ou qualquer outro lugar do mundo), que provavelmente continuarão produzindo filmes quando as grandes se retirarem, ou mesmo tentar descobrir uma forma de produzir meus próprios filmes em casa, o que não deve ser muito complicado.
Leo voce tem um LTJ? ta porra descola um cascalho pra eu compra um pra mim ,achei so eu era loco nesses ELP :hysterical:
k7 my dream um laser turntable :wub:
Yep, tenho um ELP LRC… Comprei nos EUA com 5 anos de garantia rs. É feito por uma empresinha Japonesa…
Parece um leitor de CD, tem gaveta e tudo, mas em vez do CD você coloca o LP.
O som é simplesmente perfeito. Na época paguei US$ 6000,00. Um amigo que tentou comprar no ano passado me disse que hoje ele está bem mais caro.
Aqui em casa a gente gosta pacas de Vinil, temos um monte deles, meu tio também é doido nisso, ele tem um LP da Marantz que também é muito bom, só que é de agulha (também custou uma bolada, mas não sei quanto). Como eu sempre digo, sempre tem doido para comprar essas coisas, mas o hobby começa a ficar muito difícil e custar meio caro rs.
uhmm nao conhecia este ae…eu vi um aqui na loja e marca japa memo :wub: :wub:
mas e so qdo ganhar de present…ou na loto
faco niver em outrubro :ponder:
filme bom nao ando por dentro do assunto mas aqui sempre vejo de lot nas lojas pra vender…
ja to meses esperando pra meter o dedo e gastar estes rollei aqui agora ja tem verde nas arvores…so esperar um sol de raxar o coco e mandar ver…
Malick você postou enquanto eu editava rs… É exatamente igual ao meu por fora, mas não consegui ler o site para ver se é a mesma coisa (meu donínio de japonês é… Como ou vou dizer… nulo rs). Como eu disse acima o meu é Japonês também, mas meu Tio já me disse que tem uma empresa americana que fabrica leitores desse tipo sob encomenda, pode ser que seja mais em conta.
No Japão as coisas são muito mais legais neste sentido, porque por ai essas opções de empresas pequenas sempre ajudam muito. Japonês é muito ligado em tradição, e tem muita habilidade, por isso mesmo quando a coisa praticamente acaba sempre surgem pequenas empresas japonesas capazes de oferecer soluções para o pessoal que curte essas coisas, tanto que a Fuji ainda está ai, a única gigante dos filmes que ainda consegue ganhar $$$ com filmes. Acredito que muito disso ainda se deva ao mercado Japonês mesmo, mas o problema é que isso acaba custando bem caro para quem quer se manter no hobby.
Concordo com voce nisso um DVD player aqui custa em torno de U$30 o xing ling mais barato enquanto um LP custa U$140~600. Mas no caso do filme não acho que o povo que mais tira fotos no mundo vão deixar o filme morrer! Enquanto os “Kombini” (Lojas de conveniencia) venderem “Bakachan” (maquinas descartaveis) o filme vai continuar forte aqui! Eu aposto numa sobrevida de 5 anos ainda para o filme (Fuji) antes de termos que partir para os xing ling. Só como exemplo ha uns 4 anos atrás no bum dos MP3 players não existiam tocadores de LP nas lojas daqui hoje qquer “Denkiya” tem ao menos um modelo em exposição.
Quando voltei a fotografar com filmes, fiquei meio bolado com a idéia de que minha alegria poderia acabar muito cedo mas já desencanei disso. Para quem gosta realmente, a diversão não vai acabar tão cedo. Podemos comprar os filmes e insumos fora, manter um estoque em casa, revelar e ampliar por contra própria. Nada nos impede. Como disse nosso colega, nossos amigos japoneses (que são loucos por fotografia) não vão deixar os filmes de lado. Enquanto houver fotógrafo interessado em fotografar com filmes vai existir alguém que fabrique para vender. Em pequena escala, é verdade, mas terá.
No Brasil, as coisas são mais complicadas…rs. O comércio aqui não serve muito como parâmetro. Além disso, daqui alguns anos não vão existir nem labs que trabalhem com fotografia digital. A fotografia se banalizou e no digital tudo se tornou fácil. Até “fotografar”…rs. A gente só vai precisar da câmera e de mais nenhum outro serviço. Vamos acabar fazendo tudo em casa mesmo e esses labs vão amargar prejuízo até com isso. Acho que até sentirão saudades da época dos filmes…rs.
Já podemos imprimir nossas fotografias sem depender dos labs e cada vez mais lançam impressoras de qualidade fotográfica no mercado. Só existirão serviços especializados para profissionais. Não faz mais sentido aquele laboratório que fazia tudo. Vendia produtos e realizava serviços. Aliás, os preços dos equipamentos já são abusivos por aqui, o serviço na maioria dos casos são de má qualidade e o atendimento ruim. Temos poucas opções.
Alguém aqui compra equipamento no Brasil?
Aqui o buraco é mais embaixo e o culpado não são os filmes.
Pessoal, não tenho hábito de ser pessimista, mas concordo com o Léo, neste fim de semana (06/06) fui na consigo comprar uns rolos de provia 100 rebobinado 35mm, e quase cai de costas, pois estava custando R$ 28,00 sendo que a 3 semanas atrás havia comprado por R$ 18,00 conversando com a atendente ela mencionou que o preço anterior estava defazado e que as latas novos chegaram custando próximo de R$ 400,00 e que toda vez que a loja faz pedidos de filmes existe um produto a menos na linha, agora a pior parte, resolvi voltar a brincar com revelação pb e pensei em comprar mais um tanque e espirais, e segundo a atendente as espirais de aço acabaram e não iam ser repostas, pois o fornecedor só vende em grandes lotes e pra empresa representa muito dinheiro parado, não compesando repor o estoque.
Em resumo acho que o P&B ainda deve continuar por bastante tempo pois ele na minha opniã está em outro patamar, porém os filmes negativos e até mesmo os positivos sinto que não devem demorar muito a serem reduzidos até restar 1 ou 2 opções de cada a um custo alto e desmotivador.