[b]No trabalho a seguir foi utilizado a técnica de “focus stacking” - empilhamento de foco. De maneira simples, bem simples mesmo, empilhar o foco, significa manter o zoom fixo e o foco variável de maneira a percorrer toda área a ser focada.
Com isso se gerará vários frames, um com cada foco, mas de mesmo zoom, ao final, depois de percorridos toda área possível, utiliza-se um software para “combinar” os frames.
Como disse antes, essa é apenas uma definição bem simplória de uma técnica que só é possível com a informática que temos hoje.
Este foi um dos primeiros trabalhos que fiz, no início do aprendizado.
Núcleo para válvula de pneu (aproximadamente 2,5 cm), responsável pelo enchimento de pneus com ar ou outro gás a alta pressão.
Utilizados também em válvulas para uso industrial para pressões de até 200 PSI e temperaturas de -50°a + 180°C.
“focus stacking” - 16 frames combinados com o Combine ZP.[/b]
Atalho para baixar o Combine ZP (software gratuito).
Eu sempre me perguntava o que era esse tal empilhamento de foco, mas confesso nunca ter tido o trabalho de ir procurar sobre, essa explicação foi ótima pra ter uma noção melhor do que se trata.
Esse link que você compartilhou sobre macros também é muito legal, já deixei nos favoritos.
Muito obrigada pelo compartilhamento de informações.
O empilhamento de foco tende a se tornar uma prática comum e de fácil aplicação, não demora muito teremos opções nas máquinas para atribuir valores iniciais e finais de foco e também a definição da quantidade de intervalos entre um ponto e outro, isso é apenas uma questão de tempo.
Coincidência, até dois dias atrás eu nunca tinha visto esse termo “focus stacking”. Mas por acaso vi um video do canal do youtube Letra na Foto justamente sobre esse tema.
No vídeo o cara mostra na prática a aplicação dessa técnica. E o legal é que ele faz um esquema de luz bem simples, com duas luminárias de mesa e folhas de papel toalha para difundir a luz.
E a foto aqui desse post está sensacional, muito boa mesmo.
Vou tentar fazer uma também
Tem que ter um tripé bem firme. Na minha câmera tem a possibilidade de controlar remotamente pelo tablet ou notebook. Às vezes faço o foco assim. Às vezes faço da maneira tradicional, com foco manual girando o anel da lente (com um Manfroto bem estável). Prefiro foco manual, porque fica mais fácil. É só calcular a profundidade de campo que quero e quantos cliques a quantos mm um do outro vou precisar, e ir girando o anel de foco para frente.
Mas tenho impressão que essa técnica não combina muito com meu jeito meio irriquieto.
Um dos papéis que a fotografia de foco singular cumpre em minha vida é possibilitar / obrigar uma desaceleração de meu fluxo. Melhorar minha relação com o tempo. Mas se isso passar a ser um processo doloroso, forçado, tenho certeza que abandono a fotografia.
Sem rupturas, sem vender equipamento, sem nada. Só não o utilizarei.
Mas tenho a clareza de que o problema está em mim, não na técnica.
O “focus stacking” já é uma realidade bastante presente, muito utilizado em revistas de produtos. Imagine por exemplo a divulgação de uma joia com foco singular, de um relógio, dos detalhes do painel de um carro etc.
Ocorre que esse processo era bem reservado, mas hoje com a informática devidamente consolidada nos lares de todo o mundo, fez com esse processo tornar-se acessível a todos.
É mais do que evidente que nem sempre se usa e/ou se dá para usar esse processo, mas volto a dizer aquela fotografia com foco singular terá que ser muito boa, mas boa mesmo para poder ser notada, principalmente em grupos especializados.
Não tenho nenhuma dúvida de cada uma dessas coisas que compõem a sua fala.
Minha inaptidão é apenas a evidência de que estou cada vez menos adaptado. Cada vez mais desatualizado. Digo-o com leveza, e sem qualquer saudosismo, só constato um fato.
E, sim, estou alerta para a advertência de Darwin de que não é o mais forte que sobrevive, porém o que melhor se adapta.
Desse modo, talvez me reste a imagem do Cel. Aureliano Buendía, que, após fazer 32 revoluções (e perder todas), retirou-se em aposentadoria para fazer peixinhos dourados.
Então na verdade isto é uma forma de se conseguir o resultado das objetivas Tilt-shift; que são as objetivas usadas para fotografia de produtos como por exemplo jóias, de forma com que o foco fique preciso em toda a extensão do produto, mas estas são objetivas muito caras, e utilizando esta técnica e um software se consegue o resultado semelhante de forma muito mais barata. As objetivas Tilt-shift também podem ser usadas para fazer aqueles efeitos de miniaturas, que tb pode ser feito segurando uma objetiva sem encaixar ela na câmera com ela inclinada.
De fato este tipo de técnica esta tornando muito mais acessível a fotografia de produto, vai mexer com esse nicho da fotografia que antes era seguro devido ao auto custo das objetivas Tilt-shift.
Se o autor do tópico me autoriza, vou repostar aqui uma miniatura de uns 25cm que fotografei com essa técnica. De outra forma não teria como deixá-la completamente em foco com 50mm em uma APS-C sem cropar.
Valeu Rui!
A ideia de fotografar uma miniatura de carro é deixá-la parecida com o carro de verdade. Nas fotos de carros, a profundidade de campo tem que ser grande, tem que deixar todo o carro em foco, e fica melhor se o resto do ambiente também está em foco. Dá sensação de realidade. Para fazer isso com miniaturas é um desafio. Apenas câmeras compactas dão conta dessa profundidade de campo. Com DLSR sem tilt shift, isso só é possível graças ao focus stacking.
Nessa imagem acho que usei 16 fotos. Na minha lente o ideal é usar f/8 (fechando mais começa a aumentar a difração), mas f/11 acaba sendo a escolha mais racional, pois não exige tantas fotos, que pela profundidade do objeto, podem gerar conflitos no empilhamento.