Sim. Eu entendo que a coisa está funcionando em outra escala. E acredito, como escrevi, que o “controle do algoritmo” irá se intensificar ainda mais. Sobretudo com a difusão do 5G e introdução da rede em ítens banais da nossa vida. Você pode ligar sua cafeira pela internet se quiser, isso com a tecnologia já existente hoje.
Isso quer dizer que “a internet” já pode saber o horário que você costuma tomar café, e te exibir anúncios de marcas e itens para isso perto dos horários em que esse assunto está em SEU PENSAMENTO.
A gente está falando de controle no navegador. Mas ele não acontece só aí…
A grande sacada da Google foi o sistema Android. Ele te mantém monitorado 24h por dia (quem aí desliga o celular pra dormir?). E não é possível usar Android sem liberar o acesso à câmera, microfone, etc.
Tamanho é o controle que os caras usaram os GPSs dos celulares para monitorar o nível de isolamento social durante a pandemia. O buraco é bem mais embaixo do que o mecanismo de busca que usamos em nossos navegadores.
Mas o controle da informação sempre existiu. Ou eu sou paranóico? :eek: Me referia não só à internet, mas à informação de uma forma geral.
Gente, vejam o que foi o golpe de estado no impeachment da Dilma - não quero mesmo trazer essa discussão política pra cá - mas a mulher foi deposta por fazer algo que se fazia antes dela e continuou a se fazer depois dela.
Por pura manipulação da massa pelos meios de comunicação e impulsionamentos de informações (falsas e verdadeiras) pelas redes sociais. E isso acontece em diversos níveis em diversos países.
Mesmo no início da internet, quando você colocava um termo no “Cadê?” - lembram dele? - quem escolhia o que seria exibido era o algoritmo de busca e os próprios desenvolvedores dos sites. Mesmo na linguagem html bem báscia já era possível direcionar o mecanismo para exibir essa ou aquela página do site, esconder essa ou aquela página.
Então a liberdade total que se prega com a internet sempre foi e sempre será relativa. E eu entendo que só quando temos ciência disso, conseguimos ter algum senso crítico pra podermos continuar cafungando na informação até termos um panorama mais próximo do real.
Um bom pensamento pra isso é o seguinte:
Quem fornece esse sistema? É uma empresa? O que ela ganha com isso? Como conseguem fornecer isso pra tantas pessoas usarem gratuitamente?
E denovo, eu não sou adepto às teorias de conspiração, mas essa é a condição de uso da ferramenta, temos que entender que estamos sujeitos a esse controle se quisermos usá-la.