O papo é política!

Estou vendo que em alguns tópicos esse assunto sempre vem à tona.
Então, vamos debater sobre a política brasileira!

Eita. Das duas uma. Ou esse tópico não terá conversa ou ele irá gerar muita discórdia e discussões ácidas.

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Espero
que tenhamos conversas civilizadas, pois mesmo com o clima “quente”, possamos conversar com serenidade.

Não falando sobre política diretamente, mas sobre nossa percepção sobre ela, parece que estamos divididos entre os que acreditam nas notícias e os que não acreditam. E o curioso é que isso se inverteu: hoje quem não acredita, acreditou piamente por anos a fio, mesmo com indícios fortes de ter havido muita mentira e exagero. Enfim.

No mais, é como falei em um destes tópicos: não estamos polarizados entre extremos, até porque só um dos lados é extremo. A polarização está entre a democracia e a barbárie. E, por incrível que pareça, a barbárie está atraindo muita gente - até porque, pra esses, não tem barbárie nenhuma: tem é um bando de bandido que tem mais é que morrer mesmo. Tudo depende de onde e como as pessoas se informam.

Cara… Tomara que eu esteja errado… Mas os neguinhos se estapeiam aqui pra defender um modelo X ou Y de câmera.
Esses assuntos atrelados à atual discussão política são tão íntimos que beiram ao próprio caráter das pessoas. E isso, no atual momento, é defendido de forma muito agressiva. Na melhor hipótese, com bala de borracha.
Tomara que eu esteja mesmo errado. Pois sou bem afeito às discussões no seu sentido mais puro, mais literal.

Isso é verdade. As primeiras mensagens normalmente dão o tom das primeiras páginas. Se a gente conseguir começar a conversar em um tom cordial, talvez isso perdure até a página 2… :wink:

Então, vamos lá!

Qual político deveria ser o nosso próximo presidente? E por que?

15 políticos que podem disputar a Presidência da República em 2022

:clap: :clap: :clap:

Pronto… Precisa falar mais?

Que isso??? Esqueceram só do Lula. [emoji23]
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Queria muitíssimo que o PT não lançasse uma candidatura própria. Embora isso seja perigoso demais.
Mas não dá pra prever nenhum cenário ainda.

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Hahaha :hysterical:

Acredito que essa foi a última pesquisa eleitoral.

Datafolha: Lula lidera corrida eleitoral de 2022 e marca 55% contra 32% de Bolsonaro no 2º turno

Tava zoando. Eu imaginei.
Mas ainda acho que não dá pra apontar alguém pra ocupar a cadeira de presidente.
Eu posso dizer quem eu não quero presidente:


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Ainda bem que Huck já desistiu, senão eu teria que mudar pra Argentina. :hysterical:

Bem…

Discutir política é uma coisa, agora, partidarismo, é outra…

Política no nosso caso seria falar de por exemplo, como solucionar a dívida pública.

Ou uma nova reforma da previdência.

Ou ainda, como resolver a criminalidade.

Ou uma reforma administrativa.

Ou como aumentar o número de trabalhadores com CLT.

Isso tudo (e muito mais - crise hídrica, meio ambiente, dinamização da economia, etc) é política e são temas urgentes.

MAS…

Se for pra ficarmos falando que o PT roubou, que o biroliro é honesto, que quem é de direita toma cloroquina e quem é de esquerda toma tubaína… ou que a esquerda é abortista gayzista e blablabla…

Bom ponto.

O que eu gostaria de ver então (sendo delirantemente otimista) num próximo governo:

  • Legalização de drogas: é preciso admitir que esta é uma guerra perdida, primeiro pro tráfico e depois pras milícias. Pro Estado ganhar essa guerra, só se juntando ao inimigo. Legaliza as drogas, formaliza a produção e cobra imposto. Acaba com a violência e se torna nova fonte de receita pro Estado. Quem vai ser contra: Religiosos (na bancada aberta), milicianos e traficantes (na bancada oculta), policiais.

  • Fim das reúncias fiscais pra templos religiosos: Acho que isso nunca nem deveria ter existido, mas o lobby das igrejas é enorme, e tende a aumentar. Pra piorar a situação, muito templos ainda sonegam dívidas trabalhistas, na esperança de que sejam perdoadas em algum momento (e infelizmente serão). Quem vai ser contra: religiosos.

  • Fim das renúncias fiscais a grandes empresas: Renúncia fiscal não fez a Ford nem a Canon ficarem no Brasil. E contribuem na direção de aumentar o défict fiscal. Acho “engraçado” o pessoal que se diz de direita, de livre mercado achar que tá tudo bem com benefício fiscal destas empresas. Quem vai ser contra: grandes empresários.

  • Imposto sobre grandes fortunas: Tem uma galera que acha que ter um carro melhorzinho e um apartamento três quartos já é ter grande fortuna. Não é isso, estou falando daquelas pessoas que quando querem dizer alguma coisa, compram uma emissora de TV. Que quando vão pegar empréstimo, é na linha juro-baixo do BNDES. Quem vai ser contra: de novo, grandes empresários.

  • Investimento sério em educação: A escola pública tem que ser tão boa quanto a privada, e ainda oferecer almoço e instrução na parte da tarde. A criança tem que ficar na escola enquanto os pais trabalham. Temos vários exemplos de pessoas admiradas que vieram da pobreza e da escola pública, mas estamos condenando muitas crianças a uma vida de terceira classe só porque não tiveram bom estudo. Quem é contra: empresários do ramo da educação e políticos populistas, que querem massa de manobra.

  • Incentivo financeiro às famílias: Tem que haver, pra poder haver consumo, pra haver empresas. Pro dinheiro circular (é o que gera riqueza), tem que haver um ciclo completo do dinheiro. Note que, sem o fim das reúncias fiscais, isso não adianta nada, pois vai ser transferência do dinheiro do Estado > pessoas pobres > grandes empresas e agremiações religiosas, que vão ficar cada vez maiores e mais ricas. Esse dinheiro precisa voltar pro Estado. Quem vai ser contra: elites verdadeiras e pessoas que se imaginam de elite, mas que não são. Aquele pessoal que acha que doméstica não deveria ir pra Disney. Mas acho também que isso tem que ser atrelado a uma série de requisitos: incentivo por crianças deve ser associado a desempenho escolar, por exemplo.

  • Incentivo fiscal ao emprego: Esse é interessante: uma empresa que fatura 1MM tem que pagar tanto imposto quanto outra que fatura o mesmo valor? Não: uma empresa que contrata 100 pessoas deveria pagar menos imposto que uma que contrata 2 pessoas. Essa diferença de imposto deveria ser grande o suficiente pra inibir a automatização de mão de obra onde não seja necessário à segurança humana ou ao meio ambiente.

Acho que pra um primeiro momento já estaria de bom tamanho. Sei que pouco disso vai acontecer, e minha expectativa deveria ser simplesmente da volta à uma relativa sanidade ao país.

Nenhum deles. No final acabam sendo a mesma coisa de sempre, todos defendem interesses particulares.
O país precisa de um reboot total na política.

Bora lá. Gostei da abordagem.

  • Legalização de drogas: na minha opinião não se pode legalizar todas as drogas ou cessar o combate ao tráfico. A legalização de drogas menores já tira parte do financiamento do tráfico. A legalização da maconha, por exemplo, faz com que grande parte do dinheiro arrecadado pelo tráfico seja direcionado para uma receita aos produtores, vendedores e por fim, pro governo em forma de impostos. Pode-se realizar alta taxação dela (maior que do cigarro, por exemplo) e direcionar essa verba ao combate ao tráfico nas fronteiras e aeroportos. E no meu ponto de vista, a principal medida, seria acabar com essa guerra às favelas. Isso não é território pra se guerrear. Não resolve nada e atinge uma população já fragilizada com sua condição social. É sim uma política de extermínio e encarceramento que começou lá em 1550 e se solidificou 1890, um ano após a abolição da escravidão.

  • Fim das renúncias fiscais pra templos religiosos e pra grandes empresas: Alguém aí ainda acha que a Igreja não é uma empresa? As renúncias fiscais falharam miseravelmente. E isso seria inevitável pelo próprio modelo de ação capitalista. Quando alguém oferece mais incentivos, as empresas migram. Deixando NADA pra trás. Nada! Tudo quebra em uma cidade depois que sai a indústria. De uma forma bem simples, o Ailton Krenak aborda esse tema, direcionando a discussão às mineradoras, que são um grande adversário dos indígenas. Ele diz que esses caras vem aqui no seu território, roubam as montanhas e as levam pra outros países, levando assim toda a riqueza pra lá. Claro que isso se direciona a nicho específico do mercado. Mas voltando às igrejas… Qual benefício ela gera pra população ou pro estado? Pro governo (não pro estado - é importante separarmos os dois) ela gera a facilidade de manipulação das pessoas. O que é uma bela garantia de futuro aos políticos. Mas das pessoas, elas tiram parte do já diminuto salário, criam uma expectativa de solução milagrosa dos problemas (o que basicamente faz o sujeito direcionar toda a sua energia a própria igreja) e cria coisas aberrantes como pastores milionários donos de tv. Os caras usam a bíblia pra isso ainda. Cara… A bíblia! Vou parar aqui… Por que isso é assunto pra outro tópico. :doh:

  • Imposto sobre grandes fortunas: Imposto progressivo é urgente. Quem ganha mais, paga mais. E aqui é FUNDAMENTAL não usarmos o termo tirar do rico pra financiar o pobre. Não se trata disso! O modelo americano, por exemplo, ao taxar grandes fortunas e heranças, permite que sejam deduzidos os valores investidos no terceiro setor (ONGs e afins). Os milionários podem usar em vida, uma grana que lhes seria cobrada em sua morte. Foi isso que fez com que caras como Warren Buffett, George Soros e Bill Gates direcionassem parte da sua grana pra causas sociais - vocês achavam que eles faziam por serem extremamente bonzinhos? :hysterical: Acaba levando eles pra esse caminho. Mas o ponto inicial é a percepção de que essa grana será cobrada de qualquer forma.

  • Investimento sério em educação: nunca chegaremos a lugar nenhum se a educação não for igualitária. O sistema educacional DEVE ser uniforme e minimamente adequado. Mas isso é um problema pros governos. Mesmo os governos de extrema esquerda temem um povo com alta capacidade de raciocínio, crítica e principalmente capaz de obter e entender as informações. Nossa sociedade nunca foi tão quantitativamente informada. E ao mesmo tempo temos uma geração praticamente incapaz de interpretar textos simples e entender nuances que lhes permitam classificar as informações como verdadeiras ou falsas, por exemplo… Mas isso é um problema social. Como eu li certa vez: não é preocupante que alguém ainda ache que a terra é plana. Preocupante é nós, seres pensantes, não conseguirmos convencer esse sujeito que está errado.

  • Incentivo financeiro às famílias: a pandemia escancarou essa necessidade. Renda mínima não é sustentar vagabundo, como a direita tenta nos fazer acreditar. É dar o mínimo pras pessoas terem o que comer 3x ao dia. Ponto final. Isso é simples de calcular e fácil de fazer. E mais, se REVERTE em consumo. A pandemia mostrou claramente isso! Só não viu quem não quer. “Ah. Mas aí quebra o país!” Tá bom. Dar 600 reais pra sustentar uma família de 5 pessoas quebra o Brasil, auxílio-paletó de 45000 pra um político que já ganha 30000 por mês, não. Dinheiro tem. Falta é alguém que consiga redirecionar pra onde precisa.

  • Incentivo fiscal ao emprego: Exato. E ainda avançaria nesse tema. Mais incentivo pra empresas 100% nacionais. Incentivo pra quem investir em qualificação da mdo. Incentivo pra empresas que atuem diretamente em ações sociais (qualquer uma - hoje as leis exigem altíssimos valores pra isso acontecer).

Uma bela discussão política. Mas como toda discussão eu espero ENCARECIDAMENTE o contraponto. :fight:
As ideias são normalmente rebatidas com bastante agressividade, mas sem uma análise e uma argumentação bem-feitos.

Concordo 100%. Mas como fazemos isso se os guardiões se guardam?

Um grande ativo de um país é a estabilidade. Sem isso, empresas vêem riscos em entrar no país, e saem quando a estabilidade diminui ( :ponder: ). A estabilidade que temos vem da constituição de1988 e suas cláusulas pétreas, que vetam várias propostas, necessárias ou não. Pra dar um reboot, precisaríamos de uma nova constituição. Seria tudo o que este governo quer, e tenho certeza de que faria um reboot no país. Só que um reboot pra um sistema operacional lá do século 15: volta à escravatura, capitanias hereditárias e massacre de índios pra explorar pau-brasil.

O auxílio paletó tem problemas por atrair quem se interessa mais em dinheiro que eu ajudar o país, isso é verdade. E, claro, esse dinheiro seria melhor usado em benefício da população. Mas o valor não é realmente tão alto que faça diferença no orçamento. O problema não é haver auxílio paletó, e que este valor seja de país rico, embora estejamos em país pobre.

Pois é. Estamos em um momento muito crítico. Sob risco de nossa sociedade democrática ir pro beleléu. Novamente.
O fato de tantos militares DA ATIVA estarem trabalhando no governo é um grande exemplo disso.
Não sei se procede, mas ouvi o número de 20000 militares ocuparem cargos no atual governo.
Historicamente, desde a ditadura, não temos envolvimento de militares na política. Isso como consenso dos próprios militares. Pois não há lei que impeça.
Mas chagamos ao absurdo de termos um DEPUTADO PASTOR SARGENTO. Temos um presidente sem partido que dá discurso em quartel e leva um general da ativa pra discurso político.
Associação extremamente perigosa.

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Ótimo!

Quanto a legalizar as drogas, do meu ponto de vista isso é necessário (liberar todas mesmo).

Entendo que isso não resolveria os problemas de consumo (e dependência), e nem os problemas da criminalidade. Mas resolveria muita coisa, como por exemplo um encarceramento excessivo.

O tráfico depende muito mais do dinheiro do que das drogas - estas são apenas um meio de conseguir lucrar. Ou seja, se não lucrarem com drogas, procurarão outra forma.

Sobre taxar igrejas, eu já sou mais radical nesse ponto.

Em um mundo ideal, eu acho que o mais correto seria proibir religião (eu sou cristão, evangélico). Mas como isso não é viável, o correto seria taxar as religiões com a mesma lógica de se taxar tabaco, álcool e outras drogas - carga tributária alta e muita regulação (exemplo: limite de número de membros).

Outra coisa é reformular as forças armadas e a polícia. Isso é uma necessidade pra ontem.

Por fim, é necessário regular a imprensa (e isso inclui as redes sociais), pra coibir abusos e oligo/monopólios.

A coisa da renda básica demorou também… e devia ser muito maior, no mínimo uns 2000 reais por mês. Isso daria um impuslo absurdo na economia, até eu ia querer abrir um comércio. Além de acabar com a criminalidade (pelo menos esses crimes como latrocínio, assaltos… ou seja, a polícia poderia se preocupar em dar segurança de fato).

Mas olha que coisa…

Todos aqui conseguimos chegar a consensos de que essas coisas é que importam de fato, e cadê algum possível candidato defendendo de fato essas coisas?

E além disso, que possa colocar isso em prática de maneira crível?

Bolsonaro, Lula, Ciro, Huck… e mais além: os deputados e senadores, quem desse povo todo teria condições de levar esse “progresso” adiante?