Preto e Branco

Ihhhh Alex. Num outro fórum pensei que um frequentador ia vir em casa pra me dar umas bordoadas referente a revelação com platinum. A discussão foi pela passagem da media digital para o papel fotossensível através de uma impressão em giclée, imprimindo um grande negativo. Num processo “acorrentado” você tem qualidade igual a fase mais baixa e até agora não sei qual a vantagem de todo este processo

Acompanhei esse tópico. Acho que a vantagem é o suporte. Tem artista que usa litografia, qual a vantagem? O suporte! Só isso.

O que vi de vantagem foi a retirada do ampliador do processo e no caso o SS que mudou no meio do Gênesis de película (não gosto do termo “analógico”) para digital e conseguiu dar o mesmo padrão de revelação mantendo o mesmo suporte. Indiscutível neste caso.
Porém o que foi citado foram os cinzas obtidos pelo platinum e isso gerou uma grande interrogação para mim, referente a propagação de desvio gerado pelo complexo processo.

Obrigado por esclarecer. :ok:

Marcio

É algo bem simples.
Na verdade o que o lightroom faz não é ajustar cada canal, mas sim cada cor…

Observe que no menu de controle de Matriz/Saturação/Luminância (HSL) tem a opção de transformação para P&B:

Se você clicar nessa opção, o lightroom vai gerar uma mistura automática das cores.

Essa mistura automática gera uma mistura mediana, sem muito contraste.
Agora observe o que acontece quando aplicamos o preset “filtro vermelho”

Olhando para os slides, percebemos o efeito do “filtro” (preset).
Ele reduz a quantidade de azul em relação ao vermelho/laranja/amarelo.

Olhando para a imagem, percebemos que o contrastes nos rostos, que antes eram acinzentados, aumentou bastante.
Isso acontece pois a pele é composta das cores realçadas pelo “filtro”.

Você pode brincar com os sliders à vontade. É um bom modo de conseguir um contraste bacana.
Aqui fiz um ajuste rápido:

Diminuí a quantidade de vermelho, para realçar os detalhes do prédio no fundo.
Fiz o mesmo com o azul para escurecer o céu.
E aumentei o laranja para realçar os rostos.

Mas tome cuidado com ajustes muito grandes em áreas de muito contraste, pois podem gerar problemas de “halos”, como nesse caso:

Bom, espero ter sido claro.
Esse não é o único modo de fazer, claro.
Mas creio que seja um dos mais fácil.

Acompanhei esse tópico, as fotos não estavam boas mesmo EMHO.
O problema foi generalizar.

Tem um livro do Scott Kelby que fala bastante coisa sobre conversão PB. Na verdade acho que ele aborda isso em mais de um livro.

Sao duas midias completamente diferentes. Sao duas midias usadas para um mesmo proposito que eh a fotografia. Mao sao duas midias com potencial de comunicacao e expressao distintas.

As classicas fotos jornalisticas pretas e brancas sao mais do que “realismos” ou simples copias da realidade. Sao expressoes visuais.

A qualidade da arte esta na qualidade de sua expressao e comunicacao. Essa deveria ser a principal prioridade para quem busca qualidade e gostaria de mostrar qualidade de sua expressao as demais pessoas (pedindo opiniao em forums por exemplo).

Muitos profissionais falam da banalizacao da qualidade da fotografia e dos profissional apontando o dedo para os recem chegados no mercado. Mas a maior banalizacao eh a falta de compreencao sobre a maioria dos profissionais sobre as midias e comunicacao, que consideram Digital um mero subistituro da fotografia tradicional. Ou a mesma coisa so que mais rapido. E nao eh.

Quando se troca de midia se troca a linguagem e o potencial da expressao. A qualidade da comunicacao eh deteriorada quando usa uma midia tentando copiar outra, a qualidade de outra midia e a expressao de outra midia.

Fazendo referencia a Neil Postman, tecnologias sao as maiores ideologias acima de tudo. E tecnologias midiaticas nao sao diferentes. A influencia de cada midia (ou sua tecnologia) influencia o olhar, percepcao e ate comportamento das pessoas, como tambem interpresatao sobre a comunicao transmitida.

Verdade é que existem várias regras… mas para que servem? para serem quebradas, este negócio de dizer que fotos estão muito ruins ou muito boas, quem é que pode afirmar? só quem as tirou! pois tem fotos que tiro e digo que está uma porcaria, porém amigos que vê diz estarem boas, vai entender, então gosto é igual nariz, cada um tem o seu e o coloca onde quiser :hysterical: mas foi interessante ver as opiniões de todos.

Desculpe o comentário, mas acho este papo tão clichê quanto foto de pôr do Sol… se regras são inúteis, por que tantos livros sobre composição, linhas, pontos, contrastes de cor, falando sobre o que atrai mais o olhar, o que incluir no frame, etc? Se servem só para serem quebradas, pra que então falar sobre elas? Com sinceridade, acho isto uma forma de justificar que qq foto é boa e não interessa o que outros pensam, então não critique minha foto! Se posso aprender sobre como minha foto pode ficar mais harmônica, interessante, por que não fazê-lo? Críticos de arte são então… desnecessários… profissão inútil…? Reavalie seus conceitos, Claudio e poderá melhorar a qualidade de suas fotos, as quais ainda não vi pois não postou nenhuma… :ok:

Valeu :ok: É uma forma interessante sim.

Perfeito :ok: :ok:

Entendo. Mas ainda digerindo :ok: :ok: :ponder:

Concordo 1000%!!!

Antes de pensar em quebrar uma regra é preciso dominá-la.

É como no mundo acadêmico, a LIVRE DOCÊNCIA só vem após o doutorado!!!

:ok:

bom dia alex , gosto muito do livro criatividade em p&b , sempre consulto quando quero fazer uma foto p&b , ele da diversos tratamentos nas imagens e tals

:ok: Valeu pela dica

Outra questão que ma chama atenção é o uso exagerado de sharpen, buscando uma Nitidez absurda e por vezes surreal. O Foco no olho é obsessão e deve ser cravado sempre. Não penso mais assim, e a minha busca por um ar mais analógico me levou a ver grandes fotos onde, justamente estes pontos, são utilizados de maneira inversa.

Eu, para fotografar em PB, tento ver uma cena com contraste: luz/sombra, claro/escuro essas paradas.

Eu, particularmente, não curto as fotos sem contraste e as com contraste excessivo.

Como uso bastante filme P&B, tento chegar com meus arquivos digitais o mais próximo possível do que eu consigo com filme.

Como li os livros do Ansel Adams e mais alguns sobre composição, cores e P&B, ficou no automático: eu saio na rua pra fotografar e consigo “entender” se a foto vai ficar legal P&B ou não. Sempre lembrando que, por mais que a edição seja boa, nem toda foto digital colorida pode virr um P&B (na minha opnião).

Abcs

O que acham desta tentativa de dar um clima analógico a estas duas fotos. Tudo feito na configuração da máquina, no editor apenas uma calibrada no contraste.

1

2

Não tem clima analógico nessas fotos, Alexandre.

A primeira está com os pretos muito fechados e os highlights também.

A segunda também está estranha, mas não parece filme também.

Aqui tem umas fotos minhas com filme P&B pra vc dar uma comparada (sempre lembrando que a revelação e scan não é dos melhores).

Abcs

Dimitry,

Lendo, relendo … e relendo mais uma vez, concluo que fui infeliz nesta de “clima analógico” :ok: Besteira sem tamanho :ok:

O que vale então: tentei reproduzir algumas características presentes em fotos analógicas que gosto, como granulação, pouco sharpen e contraste suavizado nestas 2 fotos. Não estou satisfeito ainda, acho que falta muito, mas gostei do resultado sim. Vou continuar a busca :ok: